Em 1932, Aldous Huxley publicou o livro “Brave New World” (Admirável mundo novo, na tradução portuguesa). A história passa-se em 2500. O autor pretendia descrever com cinco ou seis séculos de antecedência a sua visão da evolução da sociedade, ciência e economia. Todavia, no prefácio da 2.ª edição em 1946, o autor considerava que a realidade se tinha aproximado com incrível rapidez da ficção, estimando que bastariam mais três ou quatro gerações para que coincidissem.
No
“Admirável mundo novo”, os anos são contados a partir de (Henry) Ford, o
inventor da sociedade de consumo: “Quanto mais altos forem os salários, mais
fácil será a venda.” O planeta é governado por uma oligarquia. Reina a técnica e
a ordem. Graças à genética, realizaram-se grandes “progressos”. A família
desapareceu. A reprodução faz-se por clonagem. A promiscuidade sexual é
desenfreada. O sistema cultiva o horror da beleza e do gratuito. As crianças
são ensinadas a detestar os livros e as flores. Como é necessário ter tudo
controlado, em caso de desânimo receita-se um tranquilizante infalível: o “soma”.