Na Índia:
"The 158-year-old law dates back to Victorian times, during British colonial rule of India. The penalty for adultery was up to five years in prison, or a fine, or both.
Noting that the law is singular in the penal code for treating men and women differently, Chief Justice Dipak Misra said, "The adultery law is arbitrary, and it offends the dignity of a woman."
He said adultery is grounds for divorce, but not jail time.
The five-judge court said the law gives a husband license "to use the woman as chattel."
"This is archaic law long outlived its purpose and does not square with constitutional morality," the bench said in separate, but concurring opinion to one issued by the chief justice.
The decision is the latest by an increasingly activist Indian Supreme Court that has done far more than the politicians in recent years to reorder sexual mores and advance gender equality in a deeply conservative, but rapidly modernizing society.
Misra, the chief justice, is retiring next week, and the court has been issuing rapid-fire judgments leading up to his departure. Many of the rulings are based on testimony heard earlier this year, but only released now.
Earlier this month, the court struck down a long-standing ban on gay sex. Last year, the justices outlawed the summary "triple talaq" divorce for Muslim men, and in a country with more child brides than anywhere in the world, the high court ruled that sex with an underage wife constitutes rape."
Fonte: NPR, 27/9/2018 (enfâse meu)
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
domingo, 23 de setembro de 2018
Outono
Como é Outono e época de escola, estamos numa altura propícia à aprendizagem. É com prazer que verifico que, em Portugal, se valoriza a arte. Depois dos portugueses se tornarem especialistas em Miró, um surrealista espanhol, chegou a vez de se versarem em Robert Maplethorpe, americano, conhecido pela sua fotografia homoerótica. E ainda ficam a saber que há um sítio chamado Serralves, que tem uma vaga para Director Artístico, onde podem ir para serem instruídos em arte.
Sou completamente a favor deste esforço e gostaria de dar o meu contributo: sugiro o Man Ray, americano, que foi um pioneiro em fotografia, uma área em que obteve grande sucesso, mas também trabalhou em outros media. Tal como Miró pertenceu aos movimentos Surrealista e Dada. Se tiverem umas horas, podem ver algumas das peças dele online.
Por motivos de copyright, não me deixam publicar aqui fotos, mas o Man Ray tem uma série de fotos de 1929 da qual gosto muito -- há um Outono que deviam ver, mas também há um Inverno que não vos deixará descontentes; se sim, há sempre a Primavera, e o Verão. E, pronto, podem ver o Maplethorpe à vontade...
Sou completamente a favor deste esforço e gostaria de dar o meu contributo: sugiro o Man Ray, americano, que foi um pioneiro em fotografia, uma área em que obteve grande sucesso, mas também trabalhou em outros media. Tal como Miró pertenceu aos movimentos Surrealista e Dada. Se tiverem umas horas, podem ver algumas das peças dele online.
Por motivos de copyright, não me deixam publicar aqui fotos, mas o Man Ray tem uma série de fotos de 1929 da qual gosto muito -- há um Outono que deviam ver, mas também há um Inverno que não vos deixará descontentes; se sim, há sempre a Primavera, e o Verão. E, pronto, podem ver o Maplethorpe à vontade...
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
Bad
O Presidente Trump disse "I feel so badly for him" referindo-se ao Juiz Kavanaugh, que está a ser considerado para o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA, e foi acusado de ter atacado uma jovem que de 15 anos quando tinha 17 anos. Não é a primeira vez que Donald Trump sente "badly" por alguém porque o mesmo aconteceu com Michael Flynn.
Tenho pena (I feel bad), mas tenho de fazer a devida correcção do entendimento moderno da palavra -- já sei que me vão acusar de ser incapaz de sentir (I feel badly): o que o Presidente devia querer dizer era "I feel bad", mas talvez o lapso não seja uma não-verdade, pois frequentemente o acusam de ser insensível (he feels badly).
Tenho pena (I feel bad), mas tenho de fazer a devida correcção do entendimento moderno da palavra -- já sei que me vão acusar de ser incapaz de sentir (I feel badly): o que o Presidente devia querer dizer era "I feel bad", mas talvez o lapso não seja uma não-verdade, pois frequentemente o acusam de ser insensível (he feels badly).
Confissões
Pronto, confesso, o que até é dispensável porque vocês devem ter imaginado logo em que pensei. Claro! Pensei na Lana del Rey a cantar Blue Jeans. Depois comecei a ruminar o que queria dizer as calças de ganga do PM Costa. Será que não há uma equipa de assessores que planeia o protocolo destes eventos? E depois o que foi o PM Costa fazer a Angola, o que é que ia conversar, quais os objectivos da visita para Portugal, como é que se mede o sucesso do encontro, etc.?
Vocês não pensaram o mesmo?
Vamos lá:
"Blue jeans, white shirt
Walked into the room you know you made my eyes burn"
Vocês não pensaram o mesmo?
Vamos lá:
"Blue jeans, white shirt
Walked into the room you know you made my eyes burn"
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Dress codes
Em 2013, Roger Federer apresenta-se em Wimbledon impecavelmente vestido de branco, como mandam as regras. No entanto, as sapatilhas brancas que usava (ténis brancos para os lisboetas) tinham a sola cor de laranja.
Só fez o primeiro jogo com essas sapatilhas, dado que foi impedido de as continuar a usar. Violava as regras que exigem que os atletas se vistam de forma discreta em Wimbledon.
Já quando Tatiana Golovin entrou com umas ostensivas cuecas vermelhas, ninguém lhe disse nada. Tiveram vergonha de dizer a uma bonita jovem que as suas cuecas chamavam demasiado a atenção.
Devem ter suspirado de alívio quando foi eliminada, terminando com mais embaraços.
Quando questionada na conferência de imprensa sobre o assunto, respondeu: “They say red is the color that proves that you’re strong and you’re confident so I’m happy with my red knickers.”
domingo, 16 de setembro de 2018
Machismo?
Não percebo nada de ténis, nem sei se a Serena teve razão, mas sei que quando os tenistas homens insultam o árbitro e andam a testar as raquetes no chão, não há noticia de destaque em Portugal, mas com a Serena houve. Porque é que, se o comportamento dela é mau, não foi tão ignorado como é o mau comportmento dos homens tenistas em Portugal? Ou será que a diferença foi o árbitro ser português?
Que cruz!
Quem estudou economia sabe que há um gràficozinho das curvas da procura e da oferta em que ambas se cruzam. O preço de equilíbrio é o ponto onde se cruzam, mas note-se que este ponto não é um de satisfação universal, pois há sempre -- sempre, mesmo! -- compradores que acham que o preço acima do de equilíbrio é demasiado elevado e vendedores que o acham demasiado baixo e esta malta não participa no mercado, quer dizer, nem compram, nem vendem. O preço age como um mecanismo de racionamento da procura, mas não é imoral que nem toda a gente compre. Vocês acham imoral ir à loja e sair de lá sem comprar nada?
Estou a falar nisto por causa da chamada "taxa Robles" e da discussão que se seguiu que é caracterizada por dois extremos: (1) fazer dinheiro é mau, logo meta-se um imposto para retirar o incentivo monetário, e (2) implementar uma "taxa Robles", i.e., contrair a oferta, não reduz o preço de equilíbrio, logo o melhor é seguir políticas que expandam a oferta pois são essas que reduzem o preço de equilíbrio e promovem a habitação.
Um dos exercícios que damos aos estudantes de economia é dar-lhes vários cenários e perguntar qual o efeito no preço e na quantidade de equilíbrio e há muitas coisas que se podem fazer para alterar o preço de equilíbrio e o acesso ao recurso -- aliás, antes de fazer políticas devíamos pensar no objectivo das mesmas e não sei se viver em Lisboa ou no Porto pode ser defendido como um objectivo político porque pode não servir os interesses do país. Antes de aumentar a oferta não devíamos perguntar-nos se Lisboa e Porto precisam de mais pessoas e se o resto do país está a abarrotar de residentes?
Quando há um grande incêndio em zonas não-urbanas aponta-se como causa o êxodo rural. Se há alguma cidade que tenha beneficiado de tal êxodo é mesmo Lisboa, logo por que razão queremos nós incentivar mais pessoas a mudar-se para Lisboa ou até Porto? Não devíamos nós, e em especial o Governo, ter uma política equilibrada de desenvolvimento para todo os país em que as diferentes políticas funcionem de forma coesa e se reforcem umas às outras em vez de seguir políticas que arranjam num lado e estragam no outro?
Melhorar os transportes públicos também afecta a desejabilidade das diferentes zonas. No outro dia contaram-me um caso de uma rapariga desempregada que tinha recusado um emprego porque o horário dos transportes públicos não lhe permitia ir trabalhar, dado que ela vivia numa cidade próxima a 17 Km e não tinha carro -- era um turno em que saía do emprego à meia-noite. Se as autoridades trabalhassem com as empresas para adequar a infra-estrutura às necessidades da população e do aparelho produtivo, perimitiria que as pessoas vivessem mais longe do emprego.
E por falar em carro, será que uma política de impostos altos sobre os combustíveis promove maior mobilidade da população ou incentiva as pessoas a viver nas zonas que são melhor servidas por transportes públicos, dado que com os salários baixos que se praticam em Portugal, não há muito dinheiro para a gasolina. Também é caro estacionar em Lisboa, mas vai-se a outras zonas da Europa e as classes mais altas andam de transportes em públicos, enquanto que em Portugal o que é comum é qualquer director ter acesso a carro da companhia. Este Verão tive oportunidade de ir a Liverpool em trabalho e cheguei numa Ferça-feira e saí na Sexta. Os meus colegas diziam-me que er pena eu ter saído tão cedo porque ao fim-de-semana, os comboios vêm cheios de pessoas de fora que vão passar o fim-de-semana lá.
Há em Portugal a ideia de que salários altos são obscenos e salários baixos são preferíveis porque ser pobre é uma virtude. O problema claramente é haver uns estrangeiros que ainda não descobriram as virtudes da pobreza salarial e que vêm de fora inflacionar o preço das casas em Portugal. Ignore-se que o dinheiro que gastam em Portugal acaba por ir para algum português -- esperem lá, teria sido para o Robles!
Resta perguntar-nos se a "taxa Robles" não é um medida de disciplina do Bloco de Esquerda, que é incapaz de ter militantes que praticam o que defendem, em vez de uma medida bem pensada e estruturada por parte de pessoas que entendam minimamente o país onde vivem.
Não é só fazer dinheiro que é mal visto em Portugal; fazer perguntas pertinentes e pensar bem também são indesejáveis. É a nossa cruz...
Estou a falar nisto por causa da chamada "taxa Robles" e da discussão que se seguiu que é caracterizada por dois extremos: (1) fazer dinheiro é mau, logo meta-se um imposto para retirar o incentivo monetário, e (2) implementar uma "taxa Robles", i.e., contrair a oferta, não reduz o preço de equilíbrio, logo o melhor é seguir políticas que expandam a oferta pois são essas que reduzem o preço de equilíbrio e promovem a habitação.
Um dos exercícios que damos aos estudantes de economia é dar-lhes vários cenários e perguntar qual o efeito no preço e na quantidade de equilíbrio e há muitas coisas que se podem fazer para alterar o preço de equilíbrio e o acesso ao recurso -- aliás, antes de fazer políticas devíamos pensar no objectivo das mesmas e não sei se viver em Lisboa ou no Porto pode ser defendido como um objectivo político porque pode não servir os interesses do país. Antes de aumentar a oferta não devíamos perguntar-nos se Lisboa e Porto precisam de mais pessoas e se o resto do país está a abarrotar de residentes?
Quando há um grande incêndio em zonas não-urbanas aponta-se como causa o êxodo rural. Se há alguma cidade que tenha beneficiado de tal êxodo é mesmo Lisboa, logo por que razão queremos nós incentivar mais pessoas a mudar-se para Lisboa ou até Porto? Não devíamos nós, e em especial o Governo, ter uma política equilibrada de desenvolvimento para todo os país em que as diferentes políticas funcionem de forma coesa e se reforcem umas às outras em vez de seguir políticas que arranjam num lado e estragam no outro?
Melhorar os transportes públicos também afecta a desejabilidade das diferentes zonas. No outro dia contaram-me um caso de uma rapariga desempregada que tinha recusado um emprego porque o horário dos transportes públicos não lhe permitia ir trabalhar, dado que ela vivia numa cidade próxima a 17 Km e não tinha carro -- era um turno em que saía do emprego à meia-noite. Se as autoridades trabalhassem com as empresas para adequar a infra-estrutura às necessidades da população e do aparelho produtivo, perimitiria que as pessoas vivessem mais longe do emprego.
E por falar em carro, será que uma política de impostos altos sobre os combustíveis promove maior mobilidade da população ou incentiva as pessoas a viver nas zonas que são melhor servidas por transportes públicos, dado que com os salários baixos que se praticam em Portugal, não há muito dinheiro para a gasolina. Também é caro estacionar em Lisboa, mas vai-se a outras zonas da Europa e as classes mais altas andam de transportes em públicos, enquanto que em Portugal o que é comum é qualquer director ter acesso a carro da companhia. Este Verão tive oportunidade de ir a Liverpool em trabalho e cheguei numa Ferça-feira e saí na Sexta. Os meus colegas diziam-me que er pena eu ter saído tão cedo porque ao fim-de-semana, os comboios vêm cheios de pessoas de fora que vão passar o fim-de-semana lá.
Há em Portugal a ideia de que salários altos são obscenos e salários baixos são preferíveis porque ser pobre é uma virtude. O problema claramente é haver uns estrangeiros que ainda não descobriram as virtudes da pobreza salarial e que vêm de fora inflacionar o preço das casas em Portugal. Ignore-se que o dinheiro que gastam em Portugal acaba por ir para algum português -- esperem lá, teria sido para o Robles!
Resta perguntar-nos se a "taxa Robles" não é um medida de disciplina do Bloco de Esquerda, que é incapaz de ter militantes que praticam o que defendem, em vez de uma medida bem pensada e estruturada por parte de pessoas que entendam minimamente o país onde vivem.
Não é só fazer dinheiro que é mal visto em Portugal; fazer perguntas pertinentes e pensar bem também são indesejáveis. É a nossa cruz...
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Não Valle nada!
Expliquem a este moço do PSD que num partido o papel do líder não é seguir os militantes. Os militantes é que seguem o líder e implementam a visão deste. Se ele é incapaz de ver qual a visão do líder, o problema é dele, não é do líder.
Apetece espremer estes laranjinhas para ver se há sumo na cabecinha porque só dizem e fazem disparates. Destruiram o legado do governo do PSD/CDS que até obteve bons resultados dadas as circunstâncias, não defenderam a reputação de Pedro Passos Coelho, elegeram Rui Rio e agora procedem em destruir o líder que elegeram porque querem um partido novo cheio de gente velha.
Que é isto, pessoas, um concurso de burrice?
Ah, num universo paralelo, o Rio está a dizer ao Valle: "Take a Moon Taxi, buddy: 'Cause who's to say that I'm crazy? Keep it to yourself..."
Apetece espremer estes laranjinhas para ver se há sumo na cabecinha porque só dizem e fazem disparates. Destruiram o legado do governo do PSD/CDS que até obteve bons resultados dadas as circunstâncias, não defenderam a reputação de Pedro Passos Coelho, elegeram Rui Rio e agora procedem em destruir o líder que elegeram porque querem um partido novo cheio de gente velha.
Que é isto, pessoas, um concurso de burrice?
Ah, num universo paralelo, o Rio está a dizer ao Valle: "Take a Moon Taxi, buddy: 'Cause who's to say that I'm crazy? Keep it to yourself..."
domingo, 9 de setembro de 2018
Heroína
Depois de ler "Um Momento Definidor para Portugal" fiquei um bocado perplexa com os argumentos apresentados. A tese da peça de opinião, escrita por Miguel Morgado, António Leitão Amaro, Duarte Marques, Miguel Poiares Maduro, e José Eduardo Martins, assenta na premissa de que o futuro de Portugal depende da continuidade de Joana Marques Vidal no papel que ocupa actualmente de Procuradora Geral da República Portuguesa. Este argumento é muito caro aos portugueses porque, no essencial, é o Sebastianismo: só há uma pessoa que pode salvar Portugal e, se falta essa, tudo o resto desmorona.
É estranho que num país que se diz democrático o futuro dependa de apenas uma só pessoa; mas o mais misterioso é que um artigo escrito por cinco homens venha elevar a condição de uma mulher a heroína da República. Portugal continua a ser dominado por homens incapazes, mas de vez em quando lá vem a migalhinha e o "olhem para o que dizemos, não olhem para o que fazemos". Só que não dizem nada de jeito porque:
É estranho que num país que se diz democrático o futuro dependa de apenas uma só pessoa; mas o mais misterioso é que um artigo escrito por cinco homens venha elevar a condição de uma mulher a heroína da República. Portugal continua a ser dominado por homens incapazes, mas de vez em quando lá vem a migalhinha e o "olhem para o que dizemos, não olhem para o que fazemos". Só que não dizem nada de jeito porque:
- Na peça menciona-se frequentemente o "passado recente" e uma pessoa fica ali parada a pensar no que é o passado recente. Será que o governo de José Sócrates acabou recentemente? Depois de Sócrates sair do governo, PSD/CDS governaram por quatro anos; entretanto, a Geringonça já vai em dois anos. Mas talvez nos escape o devido apreço pelo facto de Portugal ter 900 anos e, no grande esquema das coisas, tudo é recente.
- Por falar em coisas que nos escapam, fica-se sem perceber o que querem os autores do Presidente da República. Em Portugal, o papel do Presidente da República é defender a Constituição da República Portuguesa e esta, por sinal, é a mesma com ou sem artigos de opinião no Expresso. Dado que o actual Presidente da República até tem publicações em Direito Constitucional, é um bocado estranho estar a dar-lhe lições.
- A escolha do regime e do país que se quer é feita no Parlamento, que é a entidade em Portugal que representa o povo e que legisla. Como é que alguns dos autores, que são deputados no Parlamento, escrevem como se não tivessem ideia das responsabilidades que assumiram perante o povo que os elegeu? Ou será que ser eleito para o Parlamento se resume à aquisição de direitos sem contra-partida de responsabilidades?
- Por muito boa que a Joana Marques Vidal seja, a justiça portuguesa continua a não funcionar. O sucesso é avaliado por resultados, não é avaliado pelo processo: um bom processo sem resultados tem uma taxa de sucesso igual a um mau processo sem resultados. Ou seja, Joana Marques Vidal não é heroína no sentido de ser o feminino de herói; é heroína porque é mais parecida com uma droga que atenua os sentidos do povo, que tem o objectivo de dar a impressão que o sistema está melhor, que há pessoas que estão a fazer o seu trabalho, quando a realidade é que o sistema está na mesma.