tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post5415811221900231188..comments2024-02-20T19:18:14.542+00:00Comments on A Destreza das Dúvidas: O argumento de Trigo PereiraLuís Aguiar-Conrariahttp://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-59709167848609918112014-04-08T14:30:16.194+01:002014-04-08T14:30:16.194+01:00Bem compreendido, caro Miguel!!
Começo pelo fim p...Bem compreendido, caro Miguel!! <br />Começo pelo fim porque apreciei a sua frase que indelevelmente liga os pontos essenciais da discussão " distinguir os objectivos que desejamos dos constrangimentos com que nos confrontamos". Dos dois parece haver um que é falho, no sentido em que nos debruçamos por completo no sobreconhecimento dos constrangimentos com que nos confrontamos e desconhecemos os objectivos que desejamos!! Desconhecemos, entre aspas, claro está!! Verdadeiramente, o único consenso político existente é a Europa e o Euro e tudo o que isso for (conhecido e desconhecido) !! A Europa e o Euro que apesar de não terem sido, verdadeiramente, discutidos, pelo menos entre nós, foram sacramentalmente definidos!! A estratégia, parece-me, é exactamente a mesma, seguir fazendo-se surpreendido ante a adversidade!! Depois há o grande salto em frente como apontei já ali abaixo!!<br />Um bem haja,<br />Justinianonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-49290279033471264902014-04-08T10:36:05.174+01:002014-04-08T10:36:05.174+01:00Justiniano,
tem toda a razão, eu devia corrigir o...Justiniano,<br /><br />tem toda a razão, eu devia corrigir o meu comentário que foi escrito à pressa típica das caixinhas de comentários. O terceiro parágrafo devia ser o primeiro. O primeiro devia ser o segundo. E o terceiro não é senão um dos casos particulares a considerar. Mesmo assim não fica perfeito, embora um bocadinho mais ordenado.<br /><br />O que eu pretendia com estas perguntas era estimular o seguinte esclarecimento: quais são os pressupostos políticos que estão a montante dos comentários e debates mais ou menos técnicos que aqui se fazem a propósito da dívida ? Apenas isso. Tenho a impressão de que as pessoas tendem a refugiar-se no tecnicismo (entendido aqui, no contexto do blogue, com um grãozinho de sal) para evitar a polémica e a cacofonia políticas. Simplesmente, sinto que na situação presente seria sobretudo importante apresentar uma ideia clara daquilo que poderá ser um projecto desejável para o futuro do país (e da Europa, na medida em que pudermos influenciar o seu curso), para em seguida desenhar uma estratégia beneficiando dos saberes, experiências e arsenais técnicos de que dispomos. Caso contrário, corremos o risco de andar numa espécie de movimento do bêbado (brownian motion), sem ser capaz de distinguir os objectivos que desejamos dos constrangimentos com que nos confrontamos. Miguelnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-71608024365360920902014-04-07T16:50:16.164+01:002014-04-07T16:50:16.164+01:00Caro Miguel perdoe-me a intromissão, apenas um esc...Caro Miguel perdoe-me a intromissão, apenas um esclarecimento. A segunda questão só será aplicável à negativa ou dupla negativa à primeira, certo?! Na terceira questão refere-se à constituição de obrigações de taxa de juro variável ou aleatória, não!?Justinianonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-86408692945294327742014-04-07T14:40:39.652+01:002014-04-07T14:40:39.652+01:00Caro Conraria, a propósito de Trigo Pereira, da qu...Caro Conraria, a propósito de Trigo Pereira, da qualidade, acuidade e argúcia das suas leituras sobre a Europa, permita-me, leia-se a sua última coluna no Público. Adverte aquele. "A União Europeia continua assim num meio caminho que será insustentável a prazo, pois ou progride para maior integração política ou desintegra-se.", secundado por muitos que o vêm aventando, Soromenho Marques talvez o mais assíduo. Esta conta é recorrente e insuspeita na pena de tão ilustres prosadores do nosso burgo!! <br />Não se questionarão, com as mesmas letras, da hipótese da desintegração por maior integração política, o ocaso do grande salto em frente!!?? Não lhes passará pela ideia de que esse passo em frente, onde cabe a tal mutualização de dívida, possa ser, substancialmente, o fim da tal Europa!!?? Desconfio que seja, verdadeiramente, o caso!!<br />Para quem deseja um novo início seria ouro sobre azul!!Justinianonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-35889611640110674742014-04-03T15:45:52.792+01:002014-04-03T15:45:52.792+01:00A dívida e os juros devem ser pagos? Em que circun...A dívida e os juros devem ser pagos? Em que circunstâncias e quais as razões? <br /><br />A justiça do pagamento dos juros deve ser considerada como independente das oscilações dos valores dos últimos? A "obrigação" de pagar os juros é idêntica quer estes sejam de 1%, 2%, 10%, 20% ou 50%?<br /><br />As questões da dívida são questões de justiça, ou trata-se essencialmente de relações de força política e económica? Se for o último caso, que armas políticas e diplomáticas podem ser usadas? (Nenhumas porque o Estado português é demasiado fraco?)Miguelnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-88290556641973329082014-04-03T14:08:12.077+01:002014-04-03T14:08:12.077+01:00Lendo a análise que o FMI faz à sustentabilidade h...Lendo a análise que o FMI faz à sustentabilidade http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2014/cr1456.pdf (a partir da pág. 52) acho que o risco de correr mal é grande, daí que faça sentido pensar em reestruração, rescalonamento, reprofiling, a palavra que menos susceptibilidades ferir, mas que dê resultados.<br /><br />Tendo em conta os fantasmas alemães, que impedem o BCE de ser mais activo, a deflação pode ser um risco bastante significativo que prejudica a trajectória da dívida portuguesa . Concretizando, pegando no estudo sobre episódeos de dívida excessiva feito pelo FMI http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2012/02/pdf/c3.pdf , parece, mas pode ser pessimismo meu, que estamos mais perto do exemplo do Reino Unido em 1918, do que da Bélgica em 1984...Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/13842898665325605213noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-60591530481660024462014-04-03T11:51:24.171+01:002014-04-03T11:51:24.171+01:00Pois, Pedro Romano, o problema é esse mesmo. É pre...Pois, Pedro Romano, o problema é esse mesmo. É preciso discutir ESSES pontos e comparar alternativas, mas isso ninguém faz. Está tudo entretido a gritar que tem razão, que o país não aguenta (de um lado) e que os mercados vão ter um ataque cardíaco (do outro).Carlos Duartenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-82206973832485687342014-04-02T21:22:15.510+01:002014-04-02T21:22:15.510+01:00Pedro Romano
E para apreciar o tema ainda de form...Pedro Romano<br />E para apreciar o tema ainda de forma mais estruturada, não é necessário partir da situação actual do país ( desemprego, stock de capital, dependência externa, padrão de especialização ) e aferir das necessidades de crescimento da Despesa Interna, digamos que até 2020? É que senão o exercicio sobre o volume de austeridade, que até pode funcionar aritmeticamente, pode ser insustentável e indesejável socialmente. É que além de validar junto da Troika e dos mercados, talvez fosse útil validar social e politicamente ( e provavelmente os acordos interpartidários não chegam. É que um dia a casa vem abaixo.Acácio Pinheironoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-55688208955068335472014-04-02T18:25:24.140+01:002014-04-02T18:25:24.140+01:00E depois de se consensualizar este ponto de partid...E depois de se consensualizar este ponto de partida, seria possível discutir o assunto de forma mais estruturada: assumindo um crescimento do PIB nominal bastante conservador (digamos, 2% ao ano), e a melhoria do saldo orçamental que daí decorre (por via do aumento das receitas fiscais), i) qual o real* volume de medidas de austeridade que é preciso implementar para atingir os saldos primários necessários? ii) que tipo de limites à despesa pública nominal teriam de ser implementados para conseguir o mesmo efeito orçamental, num horizonte temporal mais prolongado? iii) que tipo de acordos interpartidários seriam necessários para validar, junto da Troika e dos mercados, esta abordagem mais 'gradualista'? iv) e como é que os custos económicos e sociais destas duas alternativas comparam com a hipótese de reestruturação da dívida pública? <br /><br />*«real» porque a melhoria do saldo é em parte (e em grande parte) inercial. Uma melhoria do saldo primário de 1,5% ao ano não implica, nem de longe nem de perto, medidas de consolidação orçamental dessa magnitude.pedro romanohttp://www.desviocolossal.wordpress.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-16329335301357089392014-04-02T18:10:00.642+01:002014-04-02T18:10:00.642+01:00Gosto muito de o ler.Gosto muito de o ler.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-91110094247643270292014-04-02T17:14:52.937+01:002014-04-02T17:14:52.937+01:00Luís Aguiar-Conraria,
De 2011 a 2020 é quase uma...Luís Aguiar-Conraria, <br /><br />De 2011 a 2020 é quase uma década de violentíssimo ajustamento que sucede uma década por todos apelidada de "década perdida". A questão não é o simples reestruturar ou não. A questão é antes criar espaço para discutir o que se passou e a resposta ao que se passou desde que Portugal entrou no Euro. Parece-me que essa é a principal motivação dos moderados que se juntaram ao manifesto. A questão é se o único caminho seriam estes dez anos de austeridade, se a resposta à crise não dificultou antes a sua resolução. Isto dando de barato que após 2020 o país esteja em boas condições, o que não me parece nada óbvio. <br /><br />A questão da reestruturação tem que fazer parte de um movimento europeu coordenado que pretenda melhorar a posição dos países devedores no plano político europeu e que centre o debate nas curas certas para o problema certo. Até porque nada de substancial foi feito para que os problemas que nos trouxeram aqui não voltem assim que haja sinais de retoma, a não ser que se considere que isto foi uma crise de sobreendividamento dos Estados ou um problema cultural dos países do sul que, com o susto, foi mitigado.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/05224581729694765672noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-10079640459911144852014-04-02T17:11:01.771+01:002014-04-02T17:11:01.771+01:00De facto, caro Conraria, e no fundo, as glosas dos...De facto, caro Conraria, e no fundo, as glosas dos signatários ao manifesto visam, sobretudo, reduzir o manifesto a um não manifesto - nas suas palavras - à sua inutilidade. Qual o sentido de aduzir a reestruturação sem invocar a possibilidade, ainda que remota, de o Estado Português a declarar unilateralmente!!?? O manifesto vai ainda mais longe. Abjura essa hipótese!! Reduz a coisa a um clamor de misericórdia dirigido à boa vontade de credores!! Os pressupostos retiram-lhe toda a expressividade, premência e sentido de dever ser!! Pouca convicção nas consequências!! Não pode um tipo apontar que quebra e pedir o amparo de um colchão!! Demasiada tibieza! <br />E muito me admira a relutância de Trigo Pereira. Como obviaria, Trigo Pereira, a manutenção de deficits orçamentais, com novos juros, e as necessidades de financiamento reprodutivo da economia com a reestruturação!? Como se reestrutura a poupança apodando-a de acumulação constrangedora e, de seguida, se pede à poupança que faça sementeira!!? Há dificuldades e aporias várias, sem dúvida. O pé esquerdo é lento, problemático, arrisco e dou um tiro no direito para equilibrar o joelho!! <br />Sinceramente, não compreendo, ultrapassa o meu reduzido entendimento. Problema meu, sem dúvida!!Justinianonoreply@blogger.com