sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Cepticismo...

Tenho sido bastante céptica relativamente aos ataques que aconteceram na Alemanha. Muitas das notícias que tenho lido não são de boa qualidade. Por exemplo, dão só a perspectiva das vítimas, que parece foram todas mulheres, não têm citações da polícia, das pessoas que acompanhavam as vítimas, etc. Também não me dizem coisas concretas. Se foram acontecimentos horríveis, espero que me informem quantas pessoas foram feridas, quantas tiveram de ir ao hospital, etc.

Já vi em vários sítios dizer que os ataques foram da autoria de muçulmanos refugiados. Só que há relatos a dizer que quem atacou estava embriagado e os muçulmanos praticantes não bebem. Também me custa acreditar que depois dos ataques de Paris, as autoridades alemãs fossem tão desleixadas em segurança, pois as vítimas dizem que não havia polícias, mas parece que essa também foi uma das causas que contribuiu para a dimensão do problema.

A melhor peça de jornalismo que até agora li sobre os ataques de Colónia foi a do Der Spiegel, onde se realça que não é muito claro o que aconteceu, mas tem havido exagero, excesso de imaginação, e muitas contradições. E também é falado que Colónia já tinha bastantes problemas antes dos refugiados serem convidados a entrar. Notem que em três anos, mais de 11.000 pessoas foram vítimas de crimes parecidos com os que se deram na passagem do Ano Novo. A maior parte desses crimes foram originados por marroquinos, argelinos, e até alguns alemães. Diz o Der Spiegel:

Two months after the attacks in Paris, one can have one's doubts as to whether Cologne represents a "completely new dimension of violence," as has been repeated by both police officials and politicians. What is clear, however, is that the police were unprepared and that they failed. The officers on site were reduced by the circumstances they faced to playing a pitiable role.

[...]

The search for the perpetrators initially led the Cologne investigators to a criminal milieu, one that has plagued Cologne for years, especially in nightlife districts or around the train station. It's typically groups of young pickpockets who use perfidious tricks to snatch wallets, phones and other valuables off unsuspecting pedestrians. The perpetrators dance up to their victims in a pretend celebratory mood, rub up against them and rob them. Those who try to defend themselves are insulted, threatened or even hurt.

No Deterrent Effect
In Cologne alone, more than 11,000 people have been robbed in this way in the last three years. According to police, all of the perpetrators have been male and in the majority of cases, they have come from North African countries such as Morocco and Algeria. The authorities are also investigating groups of men from central Africa and Kosovo. One person involved in these investigations has said most of the men have been in Germany for quite some time but only have a "tolerated" immigrant status, meaning officials could not confirm their country of origin due to missing travel documents. This milieu has little to do with the refugees who have arrived in Germany recently after fleeing places like Syria, Iraq or Afghanistan.

The perpetrators -- among whom are also some Germans -- tend to be between 16 and 25 years old and they usually operate in small groups. On any given day in Cologne, there are about 20 of them on the streets. Conviction rates are low, and when they are made, the result is usually just a fine. Thus far, such penalties have not had a deterrent effect.

Fonte: Der Spiegel

Ou seja, acho que a minha apreensão inicial parece ter sido uma boa atitude.

13 comentários:

  1. É. Arrastões de roubos e apalpões em várias cidades da Alemanha e da Finlândia são casos isolados e banais. Incendiar carros em França, pelos festejos do Ano Novo, até se tornou uma tradição. A notícia já é que foram menos que no ano passado.

    http://www.leparisien.fr/faits-divers/nouvel-an-en-france-804-vehicules-incendies-selon-le-ministere-de-l-interieur-01-01-2016-5415019.php#xtref=https%3A%2F%2Fwww.google.com%2F

    Não são sinais perturbadores nem algo que nos faça tirar o sono.

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  2. Respostas
    1. Não me passei, não. Como a própria comunicação social alemã admitiu que não tratou as notícias muito bem, as polícia também parece que não agiu de forma correcta, os políticos parece que também não têm estado bem, logo eu vou esperar que haja julgamentos em tribunal e provas concretas antes de começar a tirar conclusões. A cobertura noticiosa deste caso é muito má, não dá para confiar. É no que dá ter casado com um jornalista americano.

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    2. Rita,please
      Os jornalistas Americanos são referência!?

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    3. Os jornalistas estiveram mal, os polícias estiveram mal e os políticos estiveram mal. Ao que tudo indica, só os meliantes estiveram bem, se os houve, pois tudo pode bem não ter passado de uma alucinação colectiva. Acharemos até muito invulgar e totalmente inesperado que coisas destas se repitam.

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  3. 18 Cologne attack suspects ID'd as asylum-seekers; police chief fired

    http://edition.cnn.com/2016/01/08/europe/europe-new-year-alleged-violence/

    Mussulmanos não bebem....são todos cristãos estes aqui.
    Basta ver os vários videos que circulam na NET,todos caucasianos de olhos azuis...a beber soft-drinks.

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  4. A primeira versão ("várias mulheres violadas por individuos de aparência árabe no Ano Novo em Colónia"), parece plausível; as versões posteriores ("um milhar de homens organizados", "ataques simultâneos em várias cidades") parecem-me difíceis de acreditar (isto é, a partir do momento em que o tema história passou de uma suposta tendência cultural dos árabes e/ou muçulmanos para violar mulheres que andam na rua à noite para a ideia de uma conspiração organizada começa a parecer-me esquisito).

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  5. A primeira versão ("várias mulheres violadas por individuos de aparência árabe no Ano Novo em Colónia"), parece plausível; as versões posteriores ("um milhar de homens organizados", "ataques simultâneos em várias cidades") parecem-me difíceis de acreditar (isto é, a partir do momento em que o tema história passou de uma suposta tendência cultural dos árabes e/ou muçulmanos para violar mulheres que andam na rua à noite para a ideia de uma conspiração organizada começa a parecer-me esquisito).

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  6. "os muçulmanos praticantes não bebem" - Talvez o ponto seja o "praticantes"; ultimamente têm havido uma tendência para misturar a criminalidade cometida por muçulmanos com o ativismo islamita (como as referencias que por vezes se ouvem acerca de supostas "no-go zones onde vigora a sharia" - eu suspeito que as no-go zones das grandes cidades europeias tenham mais a ver com o Harlen ou o Bronx dos anos 70, ou com alguns bairros periféricos de Lisboa, do que com Riade ou Teerão), mas se calhar os maiores problemas até virão de imigrantes (ou os seus filhos) largamente secularizados.

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  7. Whatever...

    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/germany/12090750/German-law-should-be-toughened-to-ease-deportation-of-migrants-says-Angela-Merkel.html

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  8. Já agora, um interessante e reflectido artigo sobre o tema:

    http://www.nationalreview.com/article/429432/muslim-mobs-rape-europe



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  9. Não são abusos e crimes que possam ser relativizados, nem de que se possa dispensar a identificação dos factos, dos seus autores e do direito aplicável o que não se consegue confundindo palavrões catárticos com outros palavrões, má-educação e mau gosto com ofensas mais agraves, umas como abuso outras como crime e há quem misture tudo, nem sempre apenas por ignorância e incompetência.

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