tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post5759844580767743233..comments2024-03-28T23:12:24.855+00:00Comments on A Destreza das Dúvidas: Deixem-nas ser livresLuís Aguiar-Conrariahttp://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-886763859553359512016-08-27T12:24:07.735+01:002016-08-27T12:24:07.735+01:00O medo que eu tenho das reacções emocionais em pes...O medo que eu tenho das reacções emocionais em pessoas que não têm, ou por personalidade ou por treino, a possibilidade de as desligar...<br /><br />Sim, valores diferentes podem existir numa mesma sociedade. Sempre e quando os das minorias não colidam com os das maiorias e sempre e quando as minorias não tentem sobrepôr os seus aos das maiorias. Quando alguma destas coisas sucede há imediatamente conflitos que podem escalar com relativa facilidade.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-17441243272154564072016-08-26T17:56:20.647+01:002016-08-26T17:56:20.647+01:00"É feito contra a vontade da vítima. Mesmo qu..."É feito contra a vontade da vítima. Mesmo que a vítima preferisse não fazer queixa, a violência contra ela tem de ser punida."<br /><br />Nesse caso porque é que nem toda a violência é crime público? Lamento, mas o motivo para que a violência doméstica seja crime público é mesmo por causa de se considerar que a mulher ao não apresentar queixa pode estar a ir contra a sua verdadeira vontade.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-66021148956004782242016-08-26T16:42:02.886+01:002016-08-26T16:42:02.886+01:00Zuricher, claro que não devemos mover-nos apenas p...Zuricher, claro que não devemos mover-nos apenas pela parte emocional mas, em casos extremos como este (onde há bons argumentos para cada lado), ajuda a recentrar a questão ter uma reação emocional tão forte, tão límpida, perante a manifestação prática do problema que analisamos. <br /><br />Quando ao segundo ponto, eu concordo que haja valores e conceitos diferentes. Aliás, se o Zuricher me desse uma lista dos valores e conceitos das sociedades onde vivemos, eu provavelmente não concordaria com uma parte deles. Mas acho que nada que sugeri vai contra a coexistência de vários valores diferentes dentro da mesma sociedade. Pelo contrário, certo? Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-81225152726729414292016-08-26T16:37:44.024+01:002016-08-26T16:37:44.024+01:00"creio que o seu objetivo não é tanto protege..."creio que o seu objetivo não é tanto proteger o trabalhador individual que aceitaria trabalhar por menos que ele, mas proteger o conjunto dos trabalhadores da concorrência uns dos outros "<br /><br />Estamos a dizer o mesmo.Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-80550198799207320132016-08-26T16:36:54.508+01:002016-08-26T16:36:54.508+01:00Não acho que implique isso, Luís. Quanto muito, im...Não acho que implique isso, Luís. Quanto muito, implicaria o sado-masoquismo não ser criminalizado, o que, acho eu, não é. Mas a violência doméstica não é desejada pela outra parte. É feito contra a vontade da vítima. Mesmo que a vítima preferisse não fazer queixa, a violência contra ela tem de ser punida. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-72646502697003373002016-08-26T16:33:26.900+01:002016-08-26T16:33:26.900+01:00Se assim foi, foi erro meu de análise. Retiro a pa...Se assim foi, foi erro meu de análise. Retiro a parte da criança, então. Não afeta a substância, a meu ver. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-33443625148914427752016-08-26T16:06:16.585+01:002016-08-26T16:06:16.585+01:00Sem querer substituir-me ao LF, digo que há mulher...Sem querer substituir-me ao LF, digo que há mulheres que não depôem contra maridos que, comprovadamente, as espancaram ou maltrataram de outras maneiras. Ninguém pode fazer nada sobre isso, porque se trata do direito ao silêncio (DS) sobre o cônjuge. <br /><br />Ora, face a FACTOS como este alguns defendem que a Violência Doméstica (VD) deve deixar de ser crime público (CP) passando a depender de queixa dos ofendidos - crianças, homens, MULHERES, namorados/namoradas e velhas/os.<br /><br />Face aos MESMOS factos outros defendem que a VD deve continuar a ser CP, porque os danos daquela sobre os ofendidos são tão graves que acabam por ser quase irreparáveis - por exemplo nenhuma indemnização é suficiente. O que, no seu entender, NÃO é irreparável é o dano sobre a sociedade – dizem eles que o esquecimento do caso a prejudicaria devendo o Tribunal cuidar dela, condenando os criminosos mesmo que as suas vítimas queiram perdoá-los. Ora quer o LA-C, quer o LG defendem isto, digo eu.Isidro Diashttps://www.blogger.com/profile/06924281291836840193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-73385112234861031352016-08-26T16:04:06.781+01:002016-08-26T16:04:06.781+01:00Este comentário foi removido pelo autor.Isidro Diashttps://www.blogger.com/profile/06924281291836840193noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-35835235480753849092016-08-26T10:47:00.372+01:002016-08-26T10:47:00.372+01:00Acerca do salário mínimo, creio que o seu objetivo...Acerca do salário mínimo, creio que o seu objetivo não é tanto proteger o trabalhador individual que aceitaria trabalhar por menos que ele, mas proteger o conjunto dos trabalhadores da concorrência uns dos outros (ou seja, obrigar os trabalhadores a funcionar como um cartel); não estou certo que o mesmo mecanismo se possa aplicar aos trajes femininos islâmicos, p.ex. Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-80150481487419832812016-08-26T02:45:59.096+01:002016-08-26T02:45:59.096+01:00Luís, não irei tocar no fundo do seu post dado já ...Luís, não irei tocar no fundo do seu post dado já o ter feito num comentário que acabei de escrever a outro post. Faço este comentário, porém, porque há duas coisas no seu escrito que me merecem algum reparo.<br /><br />O meu primeiro reparo refere-se ao seu primeiro parágrafo que, sinceramente, arrepiou-me. Nem sempre o que sentimos vai de encontro ao correcto para o maior bem. Todos somos humanos, todos nos comovemos com certas situações e circunstâncias. Eu próprio não sou nada mole e comovo-me muito facilmente, até. Olhe, vi um clip no youtube daquele miúdo há três ou quatro dias na ambulância em Aleppo e tive uma pena imensa dele e do que está a sofrer. Mas ter sentido isto levou-me a desligar a racionalidade? Claro que não. É que mesmo sem ver clips sei que há muitos milhares de miúdos mais em sítios bem piores do que este e em condições muito piores. Mas esses não aparecem na televisão nem no youtube. É, aliás, por isto que acho todo este circo montado em redor dos refugiados Sírios um insulto a todas as centenas de milhar de refugiados que há pelo mundo fora, muitos também da Síria, mas que estão em condições muitas vezes piores do que aqules que conseguem, ainda assim, alcançar a Europa. E, claro, embora muitas cenas destas me comovam, também não esqueço que deixar entrar gente em massa no ocidente tem impactos a vários niveis que têm que ser muito bem acautelados. Sob pena de estar a criar problemas muito mais graves para o futuro não muito longinquo, sequer. Em tudo na vida mas muito em particular em assuntos sensiveis como este, agir ou pensar os assuntos de forma emocional é receita certa para a asneira. Tudo isto tem que ser decidido de forma muito racional, muito ponderada, com pinças até. Algo nada compativel com deixar o coração meter-se nestes assuntos. Afinal - e contrariamente ao que diz - o que sentimos nem sempre é compativel com a posição racional atingida após estudo e ponderação. E é normal que não seja. A realidade é muito mais complexa, multi-facetada e dinâmica do que o coração pode absorver com uma imagem ou um clip feitos até especificamente para apelar à lagrimita fácil.<br /><br />O meu outro comentário tem a ver com o seu penúltimo parágrafo. Sim, é verdade que para os nossos olhos ocidentais a forma como a mulher é tratada nas culturas islâmicas afigura-se-nos ultrajante. Mas, Luís, experimente perguntar a uma mulher muçulmana conservadora, daquelas que vive num meio assim se ela o sente dessa forma. Surpreender-se-á com a resposta. E não é por falta de auto-estima ou por não conhecer outras realidades. É precisamente por ter valores e conceitos diferentes dos nossos e por conhecer e recusar outras realidades que não sente o uso até mesmo da burka como ultrajante ou insultuoso. Em várias sociedades islâmicas sentem-no como darem-se ao respeito. Para os ocidentais é muito dificil entender outros conceitos e modos de vida mas eles existem. Ao não os entenderem não percebem porque é que as coisas são assim e, pior, os danos que causam ao tentarem inverte-las. <br /><br />Não se entenda o meu parágrafo anterior como defesa do uso da burka ou seja lá do que for do género no espaço público na Europa ou nos EUA. Não o é, de todo. É, simplesmente, um alerta para não se cair no erro do bondoso escuteiro que tentou ajudar a velhota a atravessar a rua mas a boa senhora, realmente, não queria sequer atravessa-la. Um alerta para não se tentar implementar soluções totalmente absurdas dado o contexto específico das coisas e que acabam a criar ainda mais problemas.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-70961763871127853672016-08-26T00:55:42.300+01:002016-08-26T00:55:42.300+01:00"A relação da mulher com a cultura muçulmana ..."A relação da mulher com a cultura muçulmana é desigual. É óbvio. E em muitos países ela não tem opção que não a de deixar de ser livre. Mas isso não é verdade na sociedade francesa. Ela tem a opção de deixar o marido, se for o caso, e, se for chateada, tem a opção de ir à polícia."<br /><br />Isto que dizes não me parece nada incoerente. Mas, e foi este o corolário que retirei no meu artigo no Observador, isso implica que sejas contra que se trate a violência doméstica como crime público, ou não?Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-10252169719216170032016-08-26T00:40:41.864+01:002016-08-26T00:40:41.864+01:00Luís, não vou comentar o fundo do seu texto, só um...Luís, não vou comentar o fundo do seu texto, só umas pequenas observações sobre o seu primeiro parágrafo. Fui ver outra vez as fotografias para ter a certeza do que vou dizer:<br /><br />Não há filha pequena nenhuma nas fotografias. O Guardian descreve o que se vê nas fotografias (uma senhora sozinha) e conta outra história que se passou com uma senhora chamada Siam e os dois filhos pequenos. Mas o Daily Mail, esse sim, inventa a história de fio a pavio conjugando vários casos e estas fotografias. Foi esse artigo que eu vi primeiro e, provavelmente o Luís também. Muito eficaz, visivelmente.<br /><br />Não tira nem põe nada para a questão de fundo, claro. Mas não está lá filha pequena nenhuma.<br /><br />(Não é que eu seja particularmente desconfiada do mundo. Mas conheço a técnica mortífera do Daily Mail de outras histórias que segui em tempos)IsabelPShttps://www.blogger.com/profile/14255865566708012542noreply@blogger.com