tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post6041030762277936939..comments2024-03-28T23:12:24.855+00:00Comments on A Destreza das Dúvidas: No reino da percepçãoLuís Aguiar-Conrariahttp://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-68480051019379892102015-02-26T20:40:08.558+00:002015-02-26T20:40:08.558+00:00"Não implica nada uma política contracionista..."Não implica nada uma política contracionista violenta, pois também se pode dizer que a Alemanha devia seguir uma política mais agressiva de crescimento. Basta que o PIB aumente mais rapidamente para que eles tenham melhores rácios."<br /><br />Rita a hipótese de aumentares o défice de tal forma que o crescimento aumenta tanto que o rácio da dívida pública cai é um hipótese violenta. E se até consegues encontrar argumentos para numa ou outra situação específica dizer que o multiplicador da despesa é assim tão elevado (para isto se verificar teria de ser para aí 2), de certeza que já conseguirás argumentar que isso se verificaria o número de anos seguidos para passar de mais de 75% para 60%. <br />De resto, mesmo como efeito de curto prazo, terias muitas dificuldades para dizer que o multiplicador era muito maior do que zero. Lembra-te que a Alemanha está numa situação de pleno-emprego, ou melhor, que a Alemanha está com desemprego baixíssimo.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-27226792025046126952015-02-26T19:40:40.242+00:002015-02-26T19:40:40.242+00:00Rita, obrigado pelos dados, pensava que a dependên...Rita, obrigado pelos dados, pensava que a dependência em relação à China fosse maior, vejo que o Miguel Madeira tem alguma razão na sua chamada de atenção.José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-7072092626436536012015-02-26T19:27:54.926+00:002015-02-26T19:27:54.926+00:00Cerca de um terço da dívida americana é detida por...Cerca de um terço da dívida americana é detida por estrangeiros: a China tem menos de 10% da dívida (cerca de $1,3 biliões em 2013) e o Japão tem menos (cerca de $1,1 biliões) do que a China. Em 2013, a dívida americana era de $16,8 biliões. <br /><br />Nota: estou a usar a escala longa; pela escala curta, os biliões são triliões.Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-63539729908458443452015-02-26T19:15:42.798+00:002015-02-26T19:15:42.798+00:00Faltam-me virgulas acima, enfim...Faltam-me virgulas acima, enfim...Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-42487399996816933832015-02-26T19:14:40.078+00:002015-02-26T19:14:40.078+00:00Não implica nada uma política contracionista viole...Não implica nada uma política contracionista violenta, pois também se pode dizer que a Alemanha devia seguir uma política mais agressiva de crescimento. Basta que o PIB aumente mais rapidamente para que eles tenham melhores rácios. <br /><br />O Zé Carlos levanta exactamente o ponto que eu queria ilustrar: a Alemanha é um gigante com pés de barro. Será que se os investidores se virarem contra ela assim como se viraram contra os EUA em 2008, a Alemanha tem força para resistir? Os EUA tinham, na altura, margem de manobra na política monetária e a economia americana depois de estabilizar está a crescer a boas taxas; a Alemanha, que para todos os efeitos não sofreu nenhuma crise interna não consegue gerar inflação nem crescimento significativo mesmo estando quase em pleno emprego e tendo acesso a uma política monetária super-expansionista. Para além disso os EUA têm um rácio de impostos-PIB de menos de 18%, mas a Alemanha tem um rácio de 45%. OS EUA tinham uma geração de reformados extremamente bem capitalizados que absorveram parte do choque da crise; os reformados alemães dependem muito mais da Segurança Social.<br /><br />Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-35147738661916480612015-02-26T17:24:23.925+00:002015-02-26T17:24:23.925+00:00"Grande parte da dívida pública americana é a..."Grande parte da dívida pública americana é a bancos chineses "<br /><br />Isso é mesmo verdade, ou é uma espécie de mito urbano?<br /><br />De qualquer forma, nem sei se isso será muito relevante, quem possui a dívida - se o FED fixar como objetivo atingir uma dada taxa de juro de curto prazo (e creio que é isso que atualmente é feito), comprando dívida quando a taxa de juro está acima do objetivo, isso fará, creio eu, que a taxa de juro de curto prazo seja efetivamente aquela que o FED quer, seja qual for a perceção do mercado; é verdade que a maior parte da dívida é de longo prazo, mas penso que é natural que o juro de longo prazo seja largamente determinado pelas expetativas sobre a evolução dos juros de curto prazo, podendo assim o FED controlá-las indiretamente.<br /><br />Agora se o FED fixar como objetivo atingir um dado cambio para o dólar, aí sim, uma quebra da confiança originará um aumento dos juros (a quebra da confiança origina desvalorização do dólar, e para defender o dólar o FED tem que subir os juros) - e, claro, há a tal questão da inflação.Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-68051815205299404432015-02-26T15:24:38.965+00:002015-02-26T15:24:38.965+00:00Também acho que a situação dos EUA é diferente e, ...Também acho que a situação dos EUA é diferente e, talvez devido a essa percepção por parte dos credores, ainda não tiveram problemas de financiamento, ao contrário de Portugal, Grécia, etc. Grande parte da dívida pública americana é a bancos chineses e, por isso, os juros não dependem só da FEDJosé Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-63312549958713782962015-02-26T15:21:54.138+00:002015-02-26T15:21:54.138+00:00Acho que resumes bem a coisa. Sobre a utilidade da...Acho que resumes bem a coisa. Sobre a utilidade da psiquiatria, bem, acho que há muita histeria e efeitos de contágio nos mercados financeiros e, por isso, parece-me que o Charcot poderia ser útil a explicar esses comportamentos.José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-33163483697458033322015-02-26T14:19:33.974+00:002015-02-26T14:19:33.974+00:00Eu tenho dificuldades em perceber onde tu e a Rita...Eu tenho dificuldades em perceber onde tu e a Rita querem chegar.<br />Para mim, a única coisa relevante é esta: "Mas a Alemanha já fez ajustamentos fortíssimos no passado e foi um governo do SPD, chefiado por Gerhard Schröder, quem os levou a cabo."<br /><br />Ou seja, nos anos de incumprimento identificados pela Rita, a Alemanha reagiu fazendo a correcção que se impunha. Parece-me que isto é uma excelente explicação para a percepção que os investidores têm de que podem confiar na Alemanha. Não me parece que seja necessário recorrer à psiquiatria para explicar isso.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-90775671738113942262015-02-26T14:11:48.203+00:002015-02-26T14:11:48.203+00:00Não era aí que queria chegar, Luís. A prova de que...Não era aí que queria chegar, Luís. A prova de que a Alemanha não de uma "política contraccionista bastante mais violenta" é o facto dos investidores confiarem na capacidade do país e lhe continuarem a emprestar dinheiro a juros baixíssimos. Mas a Alemanha já fez ajustamentos fortíssimos no passado e foi um governo do SPD, chefiado por Gerhard Schröder, quem os levou a cabo. José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-20929158026162023482015-02-26T14:10:21.019+00:002015-02-26T14:10:21.019+00:00Eu não colocaria os EUA no mesmo plano que a Alema...Eu não colocaria os EUA no mesmo plano que a Alemanha - penso que a taxa de juro norte-americana nunca pode ser muito diferente do que o FED queira que seja, de forma que, mesmo que os investidores percam confiança, suponho que os juros só poderão subir muito se o FED achar que há perigo de inflação (é verdade que essa perca de confiança pode ela própria originar inflação, via desvalorização do dólar, mas creio que mesmo assim não é uma situação do mesmo tipo que os países da zona euro)Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-53165772280147816762015-02-26T13:47:43.838+00:002015-02-26T13:47:43.838+00:00“está em violação do Tratado de Maastricht e já o ...“está em violação do Tratado de Maastricht e já o está há mais um ano do que Portugal: já tem um rácio de dívida pública-PIB superior a 60% desde 2003.”<br /><br />Se olhares para o défice orçamental, concluirás que com a excepção de 1999 e 2007, Portugal esteve sempre em violação do limite dos 3%.<br /><br />De qualquer forma, a implicação que retiro destes vossos textos é que a Alemanha devia estar a ter uma política contraccionista bastante mais violenta, certo?Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.com