tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post6739241079560218624..comments2024-03-28T23:12:24.855+00:00Comments on A Destreza das Dúvidas: Dos impostos indiretos e da classe médiaLuís Aguiar-Conrariahttp://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-68303026159393477702016-02-12T14:04:42.429+00:002016-02-12T14:04:42.429+00:00Isabel, parece-me claro que não há um fator único ...Isabel, parece-me claro que não há um fator único que explique a não-emergência de uma classe média em Portugal. No entanto, acho que o seu argumento sobre o caso da Suécia me parece ir ao encontro do que defendi num comentário acima, nomeadamente o de que as "fugas" aos impostos diretos não têm de ser inferiores às fugas aos impostos diretos. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-662646650101383512016-02-11T20:07:31.681+00:002016-02-11T20:07:31.681+00:00Alguém tem alguma ideia de como é a estrutura dos ...Alguém tem alguma ideia de como é a estrutura dos impostos na Suécia, por exemplo? Digo Suécia porque conheço, ou conhecia, relativamente bem, incluindo a tremenda energia que dispendiam para procurar pagar o menor valor de impostos possível. Os meus amigos, nessa altura na casa dos 20, todos tinham uma empresa para poderem passar por lá todas as suas despesas porque os impostos sobre o trabalho eram brutais. E não me parece que isso tenha impedido o surgimento de uma classe média, portanto se calhar a questão não está aí. IsabelPShttps://www.blogger.com/profile/14255865566708012542noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-66435360947602040832016-02-11T19:27:16.483+00:002016-02-11T19:27:16.483+00:00Na realidade não é só uma sensação. A posse de cap...Na realidade não é só uma sensação. A posse de capital permite não apenas o consumo deferido como aplicar o mesmo e portanto obter um retorno adicional. Mas concordo que a "liberdade de espírito" permitida por não se ter que preocupar com como viver o dia de hoje e o dia de amanhã tem vantagens significativas e comulativas (ver por exemplo o artigo de Mani et al. (2013)). <br /><br />Anandi Mani, Sendhil Mullainathan, Eldar Shafir, Jiaying Zhao, "Poverty Impedes Cognitive Function", Science, 341(6149), pp. 976-980<br />DOI: 10.1126/science.1238041<br /><br />ivhttps://www.blogger.com/profile/02712538386789506027noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-64259467737200865002016-02-11T17:33:00.637+00:002016-02-11T17:33:00.637+00:00"De facto um indivíduo só tira proveito dos s..."De facto um indivíduo só tira proveito dos seus rendimentos quando os utiliza"<br /><br />Discordo - a sensação de poder usar o dinheiro (mesmo que nunca o use) é provavelmente dos maiores beneficios que o dinheiro traz.Miguel Madeirahttps://www.blogger.com/profile/07382939732567489809noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-84283243533901373342016-02-11T17:22:06.299+00:002016-02-11T17:22:06.299+00:00Bons pontos, iv. Julgo que concordamos no essencia...Bons pontos, iv. Julgo que concordamos no essencial. Discordamos talvez na forma como taxar a riqueza. Eu sei que os ricos tendem a consumir uma proporção inferior do rendimento, mas isso também se pode endereçar. Assumindo que não metem o dinheiro no colchão, pode taxar-se mais os retornos sobre o investmento (ou seja, o rendimento do capital, que eu deixei estrategicamente de lado ao focar o post no rendimento do trabalho) ou poupança. E concordo quanto à questão da UE limitar os escações do IVA a 3. É portanto uma discussão que é maior que Portugal. Mas acho importante tê-la. Acho que o peso dos impostos sobre o trabalho no total é injusto e está a impedir o surgimento de uma classe média. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-64499070515429364092016-02-11T16:59:38.764+00:002016-02-11T16:59:38.764+00:00Obviamente, "assortative mating" e não &...Obviamente, "assortative mating" e não "associative mating"ivhttps://www.blogger.com/profile/02712538386789506027noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-84650458313317142542016-02-11T16:15:48.337+00:002016-02-11T16:15:48.337+00:00Não concordo totalmente com as sugestões, por duas...Não concordo totalmente com as sugestões, por duas razões, uma prática e outra de base:<br /><br />a) A razão de base é que nas economias modernas existe uma forte correlação (hereditária) entre a riqueza (propriedade) e o rendimento. Tal não se faz principalmente pelo rendimento direto dos bens (que embora contribuindo para o rendimento total não corresponde geralmento nos escalões mais elevados à componente principal deste) mas sim porque em geral os detentores de propriedade tem mais facilmente acesso a posições que permitem rendimento elevado (e note-se que em termos de rendimento não se deve considerar unicamente o rendimento do trabalho (salário), embora este seja uma parte significativa do mesmo). Este acesso é potencializado por mecanismos sociais que o favorecem (por exemplo foco na educação dos filhos “adequada” em termos de conteúdo e de rede de contactos, “associative mating”, etc.).<br /><br />b) A razão prática é que a partir de um certo nível de rendimento, de facto o consumo direto de bens correntes é uma percentagem pequena do rendimento disponível. Para além disso por regra estamos limitados a um número pequeno de taxas de IVA (a UE pretendia originalmente que fossem apenas 2 taxas, a existência de 3 é uma concessão a alguns países...). Isto torna muito difícil discriminar consumo entre bens “de luxo” e bens de “primeira necessidade” (principalmente se se pensar que nem todos os bolos/livros/cursos/tratamentos médicos/espetáculos por exemplo, podem ser considerados bens “de luxo” mas também não serão todos “de primeira necessidade”). Sem falar que aumentar demasiado as penalizações pode levar a efeitos de distorção significativos no mercado.<br /><br />Pelas razões anteriores um regime fiscal progressivo a nível dos rendimentos (desde que todos os rendimentos sejam englobados), eventualmente complementado com fiscalidade especifica sobre a propriedade, é provavelmente uma opção mais eficiente se se tiver a intenção de diminuir as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres.ivhttps://www.blogger.com/profile/02712538386789506027noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-43832960355887585972016-02-11T16:12:19.985+00:002016-02-11T16:12:19.985+00:00Obrigado, Stardust. Sim, concordo, não podemos che...Obrigado, Stardust. Sim, concordo, não podemos chegar ao limite de ter apenas impostos indiretos, mas acho que se deve discutir um "rebalanceamento" entre impostos, e acho que a ênfase devia estar sobre a riqueza (e o consumo), e menos sobre os rendimentos do trabalho. Como acho que concordamos. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-12764777814739796232016-02-11T16:09:55.623+00:002016-02-11T16:09:55.623+00:00É verdade que todos os impostos geram alguma fuga....É verdade que todos os impostos geram alguma fuga. Até os sobre o trabalho, na verdade (como a malta que cria a sua própria empresa unipessoal e depois mete a fatura do almoço nas contas). A questão é perceber qual é o sistema mais eficiente, em que a eficiência não é só uma discussão sobre as "perdas", mas também sobre os incentivos. Finalmente, mesmo que isso que dizes seja verdade (coisa que não estou convencido), então a solução será naturalmente europeia, e não apenas portuguesa. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-55852998652134264482016-02-11T16:06:16.214+00:002016-02-11T16:06:16.214+00:00De acordo. É também o que digo sempre. Mas a quest...De acordo. É também o que digo sempre. Mas a questão é como mudar isso. Luís Gasparhttps://www.blogger.com/profile/11850353802517131355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-22495747484252754392016-02-11T15:49:34.035+00:002016-02-11T15:49:34.035+00:00Em relação ao IVA, discordo de ti pelo simples fac...Em relação ao IVA, discordo de ti pelo simples facto de ser muito fácil hoje em dia ir-se fazer compras a outros países e fugir a impostos altos portugueses sobre o consumo. Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-15488188947097188582016-02-11T15:47:24.149+00:002016-02-11T15:47:24.149+00:00Na minha opinião, Portugal já é um país feudal.Na minha opinião, Portugal já é um país feudal.Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-88483745555390158352016-02-11T13:12:10.603+00:002016-02-11T13:12:10.603+00:00Concordo com tudo o que disse.
De facto um indivíd...Concordo com tudo o que disse.<br />De facto um indivíduo só tira proveito dos seus rendimentos quando os utiliza, e só nessa altura é que deveria ser taxado.<br />No limite, poder-se-iam acabar com todos os impostos excepto o IVA, no entanto o problema neste caso seria que não vivemos numa economia fechada e podemos comprar telemóveis topo de gama fora de portugal.Stardusthttps://www.blogger.com/profile/03962789294802199559noreply@blogger.com