tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post717630120680725937..comments2024-03-28T23:12:24.855+00:00Comments on A Destreza das Dúvidas: A pobreza como argumento de autoridade (actualizado)Luís Aguiar-Conrariahttp://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-44892580721141044532015-02-19T12:05:44.152+00:002015-02-19T12:05:44.152+00:00Claro! O caro LAC é avisado!! Como é evidente a od...Claro! O caro LAC é avisado!! Como é evidente a odiosa está no ónus moral constituendo!! Mas o mais interessante é que o inverso contém um ónus moral constituído. Digamos que o cronista se emancipou do ónus constituído mas é incapaz de dirimir a aversão pelo ónus constituendo!! <br />Resume-se em que o poema ficou a meio do discurso político. Logo, a pobreza e os pobres vão continuar no léxico do discurso político umas linhas acima da justiça social. Justinianonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-78681870927858175142015-02-19T11:40:57.177+00:002015-02-19T11:40:57.177+00:00Ah, Zé Carlos, é tão mais do que isso.Ah, Zé Carlos, é tão mais do que isso.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-78220999563474194462015-02-19T11:29:19.843+00:002015-02-19T11:29:19.843+00:00Penso que o Justiniano resumiu bem o episódio: &qu...Penso que o Justiniano resumiu bem o episódio: "Um discurso demagógico que pretendia ser contra a demagogia.". É exactamente isso.José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-28124827389595575502015-02-19T10:43:31.743+00:002015-02-19T10:43:31.743+00:00Um discurso demagógico que pretendia ser contra a ...Um discurso demagógico que pretendia ser contra a demagogia. <br />Um discurso que pretendia ser contra a autoridade moral dos que falam na pobreza e nos pobres mas que acaba por se centrar na autoridade moral do próprio e das suas circunstancias para falar de pobreza e dos pobres.<br />Mas, caro LAC, o retrato pungente, auto compassivo abre espaço para a dimensão aleatória da vida, apesar de louvar enaltecidamente o esforço, a vontade e a estrutura cultural tenaz e civilizadora. Justinianonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-43046849054756367672015-02-18T17:50:33.095+00:002015-02-18T17:50:33.095+00:00Caro Carlos Duarte,
Estamos de acordo. O Hayek foi...Caro Carlos Duarte,<br />Estamos de acordo. O Hayek foi um grande pensador, com uma enorme cultura, embora, confesso, não a fundo a sua obra. Parece-me um bocado radical. Por exemplo, ele, ao contrário do Friedman (outra referência, concorde-se ou não com as suas ideias), não acreditava na eficácia de qualquer política macroeconómica, para ele só a microeconomia contava. Mas, contra a maré, chamou a atenção para um problema que com o tempo se tornou mais evidente: a crescente dependência em relação ao Estado leva à servidão e à ditadura, ao despojar as pessoas da sua autonomia e gosto pela liberdade. Curiosamente, esse era o grande problema que Tocqueville anteviu com enorme antecedência. A democratização, que ele achava inevitável alastrar à Europa como alastrou, a ditadura da maioria, traria também um Estado cada vez mais paternalista, que, em nome de boas causas, se intrometeria cada vez mais na vida das pessoas. Ele via a religião e o associativismo como dois antídotos possíveis contra essa sufocante ditadura da maioriaJosé Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-76802566022832271772015-02-18T17:37:06.205+00:002015-02-18T17:37:06.205+00:00Este comentário foi removido pelo autor.José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-65533260304169792872015-02-18T16:55:54.202+00:002015-02-18T16:55:54.202+00:00Caro JCA,
O sonho americano faz sentido como isso...Caro JCA,<br /><br />O sonho americano faz sentido como isso mesmo: sonho ou objectivo. Não faz sentido absolutamente nenhum é como normativa ética.<br /><br />Quanto a Hayek e ao Caminho para a Servidão: passado 70 anos, viu-se. Só dá ditaduras socialistas na Europa e somos todos uma cambada de agrilhoados ao Estado. É interessante que o próprio corrigiu o tiro posteriorment com o Constitution of Liberty, que contém - aliás - a minha passagem favorita em que o Sumo Sacerdote do Liberalismo (como entendido pelos próprios) advoga um serviço de saúde universal. Posso discordar com algumas ou mesmo muitas coisas que Hayek escreveu, mas dou de barato que o dito cujo pensava pela própria cabeça e detinha todas as capacidades para tal.Carlos Duartenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-92084692970371817672015-02-18T16:02:46.525+00:002015-02-18T16:02:46.525+00:00O texto do Gabriel Mithá Ribeiro é realmente infel...O texto do Gabriel Mithá Ribeiro é realmente infeliz, se bem entendi o senhor, só tem autoridade moral para falar de pobreza quem já foi ou é pobre. Isso é um disparate sem nome, que nem merece comentário. No fim do texto, ele refere uma crónica notável do VPV e, por aí, sim, também me mete impressão o aproveitamento político descarado da miséria da alheia por parte de alguns políticos para ganhar votos, como se eles, vá-se lá saber porquê fossem moralmente superiores e os outros, o governo em concreto, são maus e insensíveis porque há listas de espera nas urgências ou porque falta um medicamento qualquer e a vida não tem preço, etc. Este tipo de discurso demagógico é realmente deplorável<br />José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-43111079624210389002015-02-18T15:57:08.246+00:002015-02-18T15:57:08.246+00:00Até o Hayek, um dos pais do chamado "neoliber...Até o Hayek, um dos pais do chamado "neoliberalismo" (apesar de já não ser assim tão "neo", o Hayek, escreveu o caminho para a servidão há mais de 70 anos), reconhecia o papel decisivo da sorte, que os antigos (até ao século XVII) chamavam de "fortuna". O sonho americano já fez sentido. Quando o Tocqueville publicou "Da Democracia na América" em 1835 (tinha o homem 30 anos) havia apenas 12 milhões de americanos (penso que também só eram 12 os estados nessa altura) e um mundo inteiro para desbravar, cheio de oportunidades e sem o peso da nascença (decisivo na Europa da altura e de agora) às costas. Eram outros tempos. Hoje, os EUA também têm a sua aristocracia financeira, política e empresarial e as oportunidades já não são iguais para todos<br />José Carlos Alexandrehttps://www.blogger.com/profile/04526858049428202705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-60018472441187207782015-02-17T23:30:18.567+00:002015-02-17T23:30:18.567+00:00Eu não conheço o Gabriel Mithá Ribeiro, apesar de ...Eu não conheço o Gabriel Mithá Ribeiro, apesar de lhe apreciar alguns artigos sobre educação. No entanto, e olhando para este artigo que escreveu, não me admira o mesmo nem me admira a sua posição sobre o assunto.<br /><br />Um dos grandes diferenciadores éticos entre os EUA e a UE (segundo a concepção original "social-democrata/democrata-cristã") é que os primeiros têm como ponto de partida o ideal do "sonho americano" enquanto os segundos a condição humana. Ora a ideia do sonho americano, que qualquer um consegue ter sucesso e ser feliz se trabalhar para isso, tem a igualmente lógica conclusão, das mesmas premissas, que quem não tem sucesso e/ou não é feliz não trabalhou (o suficiente) para isso. Por conseguinte, os pobres, os "desafortunados" são-no porque merecem, "brought it on themselves".<br /><br />Já no ideal europeu, pós-2ª Guerra Mundial, sem sonhos e muito menos ilusões, surgiu uma ideia aperfeiçoada de, por um lado, um estado social, assistencialista, que garantisse uma rede de apoio e dignidade a quem não a tivesse e, por outro, que a paz (intra- e inter-) Estados depende de um distibucionismo, não de forma abertamente coerciva (como no socialismo revolucionário), mas antes por interesse / dever mútuo de todos. Os pobres não "merecem" ser pobres - são-no por diversos motivos, inclusivamente azar.<br /><br />Isto tudo para dizer o quê: o Gabriel Mithá Ribeiro parece ter-se esforçado para chegar onde chegou e deve ter todo o mérito nisso. Mas se achar que parte ou grande parte desse sucesso se deve a ter tido alguma boa sorte, diminuir-lhe-á (aos seus próprios olhos) as conquistas que teve. Ele precisa de acreditar que conseguiu por ele e sem mais ninguém ou factores externos. E isso implica comungar do conceito de pobreza "merecida" a quem a tem.<br /><br />Como tenho dito a alguns amigos mais "políticos" (e o LA-C sabe que eu sou do CDS), já andei liberal por uns tempos mas passou-me - como na anedota do Lázaro. E passou-me quando, profissionalmente, passei a lidar com mais de 2 centenas de empresas. E vi e sei de pessoas que tinham muito e ficaram sem nada e vice-versa. Algumas vezes por culpa / mérito próprio, outras vezes por pura sorte e azar (clientes que faliram do nada, pessoas que morreram, encomendas urgentes em que tinham a sorte de ter podido satisfazer e agarraram "aquele" cliente, produtos que apareceram no mercado quando a procura surgiu e a concorrência era pouca, etc), mas a maioria por uma mistura dos dois factores. Eu não me acredito no sonho americano, porque ele, no fundo, não existe. Para cada sonho americano, haverá muitos que não se lembram do que sonharam e outros que terão pesadelos.Carlos Duartenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-40754982041891187312015-02-17T21:54:16.579+00:002015-02-17T21:54:16.579+00:00Não conheces a história do matemático que pergunto...Não conheces a história do matemático que perguntou a um general o que era para ele um grande general? O general respondeu que alguém que tivesse conseguido ganhar 5 batalhas equilibradas consecutivamente era um grande general. De seguida, o matemático perguntou quantos grandes generais existiam. A resposta foi 3 em cada 100.<br />O matemático respondeu então: está certo, 3% é mais ou menos a probabilidade de ganhar 5 vezes consecutivas na moeda ao ar.Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-3362507929023520242015-02-17T21:34:05.797+00:002015-02-17T21:34:05.797+00:00Rita, nem vale a pena ir por aí. A maioria das pes...Rita, nem vale a pena ir por aí. A maioria das pessoas que tem este discurso nem é capaz de perceber o papel da sorte. (Não sei é o caso do Mithá Ribeiro que não conheço.)Luís Aguiar-Conrariahttps://www.blogger.com/profile/03063826896953409478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6138536632337179442.post-3468526790234686672015-02-17T21:30:08.604+00:002015-02-17T21:30:08.604+00:00Quando eu li a op-ed, lembrei-me do Outliers do Ma...Quando eu li a op-ed, lembrei-me do Outliers do Malcom Gladwell. Nesse livro Gladwell fala de um fulano, muito inteligente, mas que não conseguiu ter uma vida de sucesso. É um bocado presunçoso presumir que porque umas pessoas conseguem, todas as outras podem conseguir. A componente aleatória é muito forte no sucesso das pessoas. Rita R. Carreirahttps://www.blogger.com/profile/16499078988285038547noreply@blogger.com