segunda-feira, 14 de maio de 2012

Especulando

A ser verdade que a Grécia está a ser empurrada para fora do Euro, e dada a sua instabilidade interna, o mais provável é mesmo que saia. Se tal acontecer, o mais provável é que as poupanças de outros países periféricos, como Portugal, Espanha, Itália e Irlanda voem para outras paragens mais seguras, como Alemanha e Inglaterra. Mesmo a França não deverá estar a salvo. Os bancos ficarão sem liquidez. Proibir a livre circulação de capitais será uma possível solução conjugada com injecções de liquidez ainda maiores por parte do Banco Central Europeu.

É possível, e até provável, que o Euro não resista. Ou vários países abandonarão voluntariamente a moeda única, ou será a Alemanha e alguns dos seus satélites (a Áustria, Holanda, Luxemburgo, etc) que irão sair e criar (quem sabe se com a Dinamarca) a sua própria moeda.

Mais uma vez, Milton Friedman tinha razão. Sempre considerou o Euro uma experiência destinada ao fracasso e, em 1999, predisse que o Euro cairia à primeira forte recessão que a Europa enfrentasse.

PS Eurodämmerung -- Paul Krugman

7 comentários:

  1. "É possível, e até provável, que o Euro não resista"

    Eu acrescentaria que é bem possível,e até provável, que a União Europeia não resista.

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  2. A Dinamarca não pode sair porque nem sequer entrou. Os outros até podem sair e depois a Dinamarca juntar-se a eles. Quanto à fuga de capitais que aconteceu na Grécia, pode acontecer a qualquer 1, mas não colocaria a Inglaterra nesse campo. As pessoas podem colocar os € num país como a Alemanha em €, não precisam de fazer um cambio arriscado, pois podem perder bastante quando voltarem a passar para €. Ou então colocam nos bancos ingleses em € sem fazer cambio, mas para isso vão mais rápido para os EUA.

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  3. Quem disse que a Dinamarca podia sair?
    Quanto aos depósitos em Inglaterra, o motivo pelo qual incluí tem a ver com a Irlanda. Imagino que para um irlandês não seja descabida a ideia de pôr o seu dinheiro no Reino Unido.

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    1. Já vi onde pode ser feita essa interpretação relativamente à Dinamarca. Foi corrigir e obrigado pela chamada de atenção.

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  4. Nesse cenário só faltaram os 4 cavaleiros do Apócalipse.

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    1. o mais provável é que as poupanças de outros países periféricos, como Portugal, Espanha, Itália e Irlanda voem para outras paragens

      Confesso que não vejo a relação de causalidade.

      Por que motivos a saída da Grécia deverá fazer com que os espanhois ou italianos tirem as suas poupanças de onde elas estão?

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    2. Como se diz em bom português, quem tem cu tem medo.

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