Em posts
abaixo, o Luís e o Manuel Cabral defendem, implícita ou explicitamente, o
reforço do orçamento comunitário. Ambos gostariam que fosse transferido mais
dinheiro para as regiões ou países com maior desemprego. O Manuel Cabral não se
importaria se tal fosse feito à custa dos agricultores dos países mais ricos. O
LAC relembra o conceito de Zonas Monetárias Óptimas, introduzido em 1961 por
Robert Mundell, segundo o qual um “orçamento parcial comum” é uma das condições
chave para uma integração monetária eficaz. Muito bem. O problema é a
realidade. Os líderes europeus já mostraram não pretender aumentar as
contribuições dos seus países para o "orçamento comunitário" e não pretendem tal
coisa porque os povos que os elegeram não estão para aí virados, bem pelo
contrário.
Pois é, a
democracia às vezes é uma chatice, o povo nem sempre quer ver a luz. Há quem
diga que nos fazem falta líderes do calibre de um Helmut Schmidt, um Valéry
Giscard d'Estaing, um François Mitterrand ou um Helmut Kohl. Afinal de contas,
foram eles que sonharam, idealizaram e puseram de pé a moeda única, contra
todas as teorias e, mais importante, contra toda a evidência histórica – nunca em
época alguma se tinha avançado para uma União Monetária sem a existência prévia
de uma União Política. Em suma, foram eles, esses visionários, que nos
empurraram para a beira do abismo. Agora, como dizia o outro, só falta dar o grande
salto em frente.
"nunca em época alguma se tinha avançado para uma União Monetária sem a existência prévia de uma União Política."
ResponderEliminarHouve o caso da União Latina (com moedas diferentes por país, mas com a mesma quantidade de metal, o que é mais ou menos o mesmo que uma moeda única), ou até mesmo do Franco CFA (bem, aí foi mais avançar para uma desunião política sem a existência de uma desunião monetária).