“Eu amei-vos”, diz
a Troika. “Como nos amaste?”, perguntais. “Não está o Portas
coligado com o Passos?”, declara a Troika. “E no entanto amámos
a Passos mas a Portas odiámos.” Se Seguro diz, “Fomos destruídos
mas eu reconstruirei as ruínas”, a tal responde a Troika, “podem
construir, mas nós destruiremos e sereis chamados 'a terra ruim' e
'o povo com quem a Troika se zangou para sempre”. Vossos olhos
verão isto e exclamareis, “Grande é a Troika para além das
fronteiras de Portugal”.
“Um filho honra o
pai, o servo o seu mestre. Se somos pai, onde está a nossa honra? Se
somos mestre, onde está o nosso medo”, pergunta-vos a Troika, ó
padres do comentário que desprezais o seu nome. Mas perguntais “Como
desprezámos o seu nome?”. Oferecendo despesa impura no altar. Como
lhe roubaram a pureza? Dizendo que a mesa da Troika é desprezível.
Quando ofereceis animais cegos (como o Tó-Zé) em sacrifício, não
é isso maldade?
Suplicai agora o favor
da Troika, que nos ofereça o seu juro. Com tal oferenda na mão,
terá ela alguma complacência para algum de vós?
Se houvesse ao menos um
entre vós que fechasse as portas para que ninguém acenda em vão o
fogo no meu altar. “Não temos apreço por vós”, diz a Troika,
“e não aceitaremos oferendas das vossas mãos.” Desde a alvorada
do memorando até ao crepúsculo do ajustamento o seu nome será
grande entre as nações e em todas as reuniões da Comissão
Europeia se queimará incenso em seu nome. Mas vós profanais o nosso
nome quando dizeis que a mesa dos senhores é poluída e a sua comida
pode ser desprezada.
E agora, ó profetas do
crescimento, estas ordens são para vós. “Se não ouvirdes, se não
tomardes nos vossos corações a honra do nosso nome”, diz a
Troika, “lançaremos pragas sobre vós e pragas sobre as vossas
preces aos mercados.” Na verdade, amaldiçoados estão, porque o
Machete não consegue estar calado.
Os lábios dos
governantes devem guardar a sabedoria e da sua boca deve o povo
procurar as instruções, pois eles são os mensageiros da Troika.
Mas vós fugistes do caminho. Causastes muitas quedas pela vossa
vontade. Corrompestes a aliança e por isso vos desprezamos e achincalhamos perante todos os povos do Bundesbank, assim não persigais os nossos caminhos mas mostreis parcialidade nas vossas decisões.
Vós cobris o altar da
Troika com lágrimas, com choros e com gemidos porque não mais
aceita oferendas da vossa mão. Mas perguntais vós, e porquê?
Porque é a Troika testemunha entre vós e o vosso Governo, a quem
fostes infiéis, apesar de ser a vossa companhia pela aliança do
memorando. Por isso, guardei-vos no espírito, e que nenhum de vós
seja infiel ao Governo. Porque o eleitor que não ama o Governo e
dele se divorcia, diz a Troika, cobre o seu parlamento com violência.
Tomai atenção. Nós
vos enviamos o nosso mensageiro que prepara o caminho antes da nossa
chegada. E o cheque que procurais irromperá no vosso seio e a
mensagem da aliança que desejais, tomai atenção, em breve aterrará
na Portela.
(Malaquias é o último livro do Antigo Testamento)
loool Amén!
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