Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Difícil? Sim. Muito difícil? Sim. Depende só de nós? Não. Impossível? Não.
Claro que vale. O objectivo do post é mostrar que é possível baixar consistentemente a dívida, partindo de níveis muito elevados. E podia ter escolhido outros casos mais favoráveis, mas preferi um com um crescimento económico medíocre.
Como tive oportunidade de discutir - ao de leve - com o Pedro Romano no Desvio Colossal o problema está em tentarmos fazer a redução da dívida a contra-ciclo (se quiser, de outro modo, crescer, excelente, como e para onde? E não, não me parece que seja com mais auto-estradas e TGV).
O medo que eu tenho - e é apenas baseado em "gut-feeling" - é que a recuperação como está prevista a 20-30 anos seja num prazo demasiado longo para podermos aguentar uma crise no entretanto e que essa crise venha a, daqui a 10 ou 15 anos, não a por a divida nos 130% mas muito mais acima.
Caro Luís, sugiro que introduzas na tua análise uma variável de endividamento externo. Como tenho insistido, o problema da economia portuguesa é o endividamento de todos os sectores institucionais (e não apenas do Estado), o que se reflecte num elevado nível de dívida externa. O desafio que te coloco é o seguinte: encontra um país que tenha reduzido a dívida pública em percentagem do PIB a ritmos semelhantes partindo não só de um nível de dívida pública equivalente, mas de uma dívida externa semelhante à portuguesa. O exemplo da Bélgica não vale: tem um excedente externo crónico...
Concordo que o nosso endividamento externo é dos nossos maiores problemas macroeconómicos, senão mesmo o maior. No entanto, durante uns tempos, não vou conseguir de todo comentar aqui no blogue. Afazeres profissionais impedem-me de participar nestas discussões. Sorry.
Caro LA-C,
ResponderEliminarAcabar em 2007 não vale.
http://countryeconomy.com/national-debt/belgium
http://www.tradingeconomics.com/belgium/gdp-growth-annual
Claro que vale. O objectivo do post é mostrar que é possível baixar consistentemente a dívida, partindo de níveis muito elevados. E podia ter escolhido outros casos mais favoráveis, mas preferi um com um crescimento económico medíocre.
EliminarCaro LA-C,
EliminarComo tive oportunidade de discutir - ao de leve - com o Pedro Romano no Desvio Colossal o problema está em tentarmos fazer a redução da dívida a contra-ciclo (se quiser, de outro modo, crescer, excelente, como e para onde? E não, não me parece que seja com mais auto-estradas e TGV).
O medo que eu tenho - e é apenas baseado em "gut-feeling" - é que a recuperação como está prevista a 20-30 anos seja num prazo demasiado longo para podermos aguentar uma crise no entretanto e que essa crise venha a, daqui a 10 ou 15 anos, não a por a divida nos 130% mas muito mais acima.
Caro Luís,
ResponderEliminarsugiro que introduzas na tua análise uma variável de endividamento externo. Como tenho insistido, o problema da economia portuguesa é o endividamento de todos os sectores institucionais (e não apenas do Estado), o que se reflecte num elevado nível de dívida externa. O desafio que te coloco é o seguinte: encontra um país que tenha reduzido a dívida pública em percentagem do PIB a ritmos semelhantes partindo não só de um nível de dívida pública equivalente, mas de uma dívida externa semelhante à portuguesa. O exemplo da Bélgica não vale: tem um excedente externo crónico...
Concordo que o nosso endividamento externo é dos nossos maiores problemas macroeconómicos, senão mesmo o maior.
EliminarNo entanto, durante uns tempos, não vou conseguir de todo comentar aqui no blogue. Afazeres profissionais impedem-me de participar nestas discussões. Sorry.