Irritam-me pessoas que se saem com declarações francamente infelizes, tipo Isabel Jonet, e que depois em vez de pedirem desculpa pelo que disseram alegam que foram mal interpretadas, que lhes estão a atribuir más intenções, que estão a fazer julgamentos de carácter, etc.
De vez em quando, há alguém que se sai com este tipo de declarações palermas e faz um pedido incondicional de desculpas. Foi o caso, há uns anos, da Cristina Espírito Santo com a história de brincar aos pobrezinhos. Na altura, declarou:
Não obstante considerar que se verificou um inapropriado e descontextualizado aproveitamento das minhas declarações, não posso deixar de admitir que fui infeliz na forma como me expressei. Não penso o que saiu publicado no Expresso, nem me revejo na síntese da declaração que lá vem feita. Por isso peço desculpa a todos a quem ofendi inadvertidamente.
Quando assim é, o assunto deve ficar para trás. Não é correcto que, a propósito das malfeitorias de Ricardo Salgado, estejam constantemente a trazer as declarações infelizes de Cristina Espírito Santo à baila. Até porque, tirando os graus de parentesco, não se lhe conhece nenhuma culpa.
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