Aqui há uns meses, a irmã do meu amigo enviou um pacote para uma pessoa em Londres. O pacote nunca chegou ao destinatário porque ela enganou-se na morada. O meu amigo não sabia isto, apenas sabia que não tinha chegado, logo foi aos correios ver o que tinha sucedido ao pacote. Não sabiam dizer nem sabiam como ele podia obter mais informação. Esse pacote tinha tido um seguro, não era correio normal, mas eles também não se disponibilizaram a accionar o seguro. Não havia nada a fazer--não é esta a solução de António Costa?
Ele falou-me no caso, pois estava frustrado. Eu disse para ele ver o número do pacote e ir à página dos CTT para ver se tinha saído de Portugal. Ele viu e já tinha saído. Então eu fui ao Google procurar a página dos correios britânicos. Nessa página, inseri o número do pacote e vimos qual a empresa privada que o tinha apanhado. Fui à página dessa empresa, meti o número e vi que estava retido em armazém porque como a morada estava errada, tinha sido recusado. Depois escrevi um email para ele enviar para o Customer Service da empresa britânica. Houve uma troca de emails durante alguns dias.
Durante este processo, o meu amigo disse-me "Como é possível que tu me tenhas ajudado mais do que as pessoas que trabalham para os CTT?" Eu nunca trabalhei para os correios, mas sei como o processo funciona. Há pessoas que trabalham para os correios e não sabem como funciona, nem demonstram interesse em aprender e atender bem o cliente. Sempre que eu envio algo nos EUA, o empregado dos correios americanos informa-me que há um número no recibo com o qual eu posso acompanhar o pacote. Depois dizem-me que, dentro dos EUA, eu posso estar descansada que as coisas funcionam relativamente bem; quando o pacote sai dos EUA, eles dizem que não se podem responsabilizar pela performance dos correios estrangeiros.
Portugal é um país com uma alta taxa de desemprego. É impossível que estas pessoas que têm emprego nos correios, e que demonstram este desinteresse pelo que fazem, sejam o melhor que existe no país. E é triste que quem tenha emprego não sinta que tê-lo é um privilégio e não dê o seu melhor para contribuir para a empresa e para Portugal, especialmente numa área tão sensível como os correios.
Olha que os nossos correios funcionam muito bem e toda a gente sabe que têm um número que permite seguir a encomenda pela net. Aliás, isso está escrito, de forma muito explícita, no recibo com o registo que lhe entregaram.
ResponderEliminarNão ponhas de parte a hipótese de o teu amigo ser um nabo.
Acho que os nossos correios já funcionaram melhor. Eu tive bastantes problemas com encomendas que enviei para Portugal há dois anos, em que a encomenda era devolvida porque diziam que a pessoa a tinha recusado, quando a pessoa nem sequer estava em casa ou recebeu informação para ir levantar a encomenda. Foi uma grande confusão. Realmente, o meu amigo poderia ser "nabo" e não ler o recibo, mas a obrigação da funcionária que o atendeu quando ele foi perguntar o que se passava era "desnabá-lo" e dizer-lhe para ele ir à Internet ver onde estava o pacote. Ela nem isso lhe soube dizer. E quando ele telefonou para o call center, também não lhe disseram nada para o "desnabar".
ResponderEliminarO que eu quis dizer é que quando ouves a história de apenas um dos lados estás a fazer isso mesmo, a ouvir apenas um dos lados da história, com o viés próprio de quem apenas conta a sua versão.
EliminarQuando, ainda por cima, é contada por um nabo, o viés potencial é enorme.
Sim e não, porque eu já tive vários problemas com os CTT, e sei do que gasta a casa. Por exemplo, houve um pacote de uma coisa que eu comprei em Portugal pela Internet, que me chegou danificado e os CTT não permitiram que quem mo enviou, ou seja a pessoa que contratou o serviço deles e que tinha o recibo, preenchesse uma reclamação.
Eliminareu trabalhei nos correios e posso dizer que se vive em condicoes sub humanas. Ter um montao de encomendas todos os dias para atender e com falta de pessoal e ordenado de miseria que nem da para sustentar mulher nem filho. Quando algo corre mal eles sabem que nao existe supervisao e nao pagam os seguros.
ResponderEliminarEmanuel Pinto