quinta-feira, 7 de maio de 2015

Às vossas gargalhadas

Escrevi uma tese de doutoramento sobre os significados do humor. Durante dezenas de páginas, com ajuda de teóricos, cientistas e outros patuscos, discuti e procurei encontrar os sentidos do riso. Felizmente, não descobri tudo. Assim, permanece em mim o mistério pueril da gargalhada alheia. A falta de explicação científica possibilita-me o assombro iniciático de fazer rir quem está comigo. O riso dos outros é o meu néctar, a minha concepção de milagre.

4 comentários:

  1. Ou seja, fizeste uma tese de doutoramento sobre o assunto e continuas sem perceber nada.

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    1. Luís, claramente este gajo está a gozar connosco. Faz uma dissertação sobre humor, não usa estatística, e ainda tem uma TED a fazer as pessoas rir. E eu tenho apenas duas teses sobre merda. Olha que bela distribuição de recursos...

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  2. Meus amigos, cada um tem direito à sua teodiceia. Como é que um bom humorista se concilia com a existência de más piadas? Estou como Agostinho de Hipona. Sei o que é o humor, mas se me pedirem para explicar, não sei.
    Ou então sou apenas um palerma que se ri de tudo. A teoria de estar a gozar com vocês... Nunca saberemos, não é? 😀

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    1. Deixa estar, que eu já te encomendei um responso para as 16 horas. It ain't over 'til the fat lady sings, e eu canto mal, logo tenho bué para aprender, e ainda falta muito para eu ser magrinha.

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