Gustave Le Bon
(1841-1931) era um dos autores de cabeceira de Salazar. Na sua “Psicologia das
multidões”, de 1895, escreveu o “psicólogo social” francês:
“Entre as
características especiais das multidões, há muitas, como a impulsividade, a irritabilidade,
a incapacidade de raciocinar, a ausência de julgamento e espírito crítico, o
exagero de sentimentos, e outras ainda, que observamos igualmente em seres
pertencendo a outras formas inferiores de evolução, tais como a mulher, o
selvagem e a criança.”
Mais coisa menos coisa, o que Le Bon diz sobre as multidões continua válido. Mas não é isso que agora me interessa. Reparem, a mulher é uma das “formas inferiores de evolução”, estando ao nível de um selvagem ou de uma criança, porque é incapaz de raciocinar, é impulsiva, irascível, etc. Estas ideias de Le Bon não eram nenhuma extravagância para a época, mas se calhar ajudam a explicar a cabecinha arrevesada do ditador de Santa Comba.
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