Vejo muita malta, invariavelmente de direita, a gozar com a candidata transexual, Júlia Pereira, ao parlamento. Por exemplo, Alberto Gonçalves queixa-se de que "enquanto isso, o Parlamento continua sem deputados anões, esquimós, siameses, aborígenes, pernetas e mórmones."
Alberto Gonçalves não pôde acrescentar cegueta ao seu rol de excentricidades ausentes, dado que o PS também tem uma candidata cega, Ana Sofia Antunes. Pelos vistos, será a primeira cegueta no parlamento. Mas com esta escolha ninguém goza. Porque será? Arrisco uma resposta: em relação à cegueira os preconceitos não são tão fortes.
Caro Luís, o comentário do Alberto Gonçalves (cujos textos normalmente gosto muito) é tonto e preconceituoso e com toda a probabilidade existe, de facto, um preconceito bastante generalizado na direita. Mas penso que neste caso a razão não será essa: arriscava antes a de que a Ana Sofia Antunes tem um passado político e ideias para o respetivo mandato (aliás expressas no texto que que linca), contrariamente à Júlia Pereira, que, do que pude ler, só tem a sua identidade (e umas declarações ultra vagas) como projeto político. Abraços
ResponderEliminarPortanto, acha que todos os candidatos a deputados, ou pelo menos os elegíveis, têm um projecto político e ideias para o seus mandatos? Ou essa exigência apenas se aplica a cegos, transexuais e anões?
EliminarNão, Luís, não acho. E se não tresler o que eu disse verifica que comecei por concordar que existe um preconceito generalizado na direita. E posso acrescentar que o repudio em absoluto. Mas convém que, se não todos os candidatos a deputados, pelo menos os que recebem atenção mediática (seja por que razão for) apresentem ideias para lá da sua identidade. Abraço
ResponderEliminarTem razão.
EliminarE, pelas ideias que tenho visto suas aqui no blog, votaria em si para deputado!
ResponderEliminarDe nós, o único candidato é o Manuel Caldeira Cabral. Infelizmente, ele sozinho esgotou a quota que este blogue tinha reservada no parlamento.
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