Só há um pequeno problema: há mais sítios onde há refugiados e muitos deles são crianças. Há menos de seis meses atrás, crianças pequenas caminharam para os braços de guardas da fronteira do México com os EUA, a Europa não quis saber desses refugiados, nem de partilhar o custo de os gerir. Aliás, há algum programa de partilha dos custos de refugiados latino-americanos? Ou apenas se deve partilhar os custos dos refugiados que tentam ir para a UE, mas esses não são refugiados, dizem vocês; são imigrantes ilegais. Sim, concordo: o uso correcto de substantivos e adjectivos é a forma mais fácil de mitigar o sofrimento humano e tem custo quase nulo.
E, já agora, que falámos em custos, não vale a pena considerar que soluções diplomáticas, antes das coisas se complicarem, costumam ser muito mais baratas do que soluções com vários anos de atraso? Que esforço fez a Europa para ajudar a evitar o conflito na Síria? Recuemos a Setembro de 2013, quando o Der Spiegel dizia acerca de uma cimeira em S. Petersburgo:
But the real loser in St. Petersburg is Syria. The summit ultimately revealed that most of the 20 leading countries in the world are unwilling to intervene in the Syrian disaster. It's an unpleasant matter, of course, but what business is it of theirs? They have their own problems. The case of Syria may be regrettable -- but it is primarily a diplomatic annoyance*.Os problemas que se resolvem sozinhos são quais, exactamente?Perhaps these world leaders are quietly hoping that the problem will somehow resolve itself. Even those who have signed Obama's declaration are playing for time -- and calling for the UN to play an important role. After all, the UN is the great foot-dragger of global politics. They insist that it is absolutely essential to wait for the interim report by its inspectors, although the result is already clear: On August 21, chemical weapons were used in Syria. Of that, no country in the G-20 remains in doubt.
* Ênfase meu.
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