Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
Caro LA-C, permita-me, por economia de recursos, repetir um comentário (a um texto do J. André do Delito de Opinião) sobre a questão da pretensa necessidade da imigração massiva. O assunto é actualíssimo e pertinentíssimo, como sabemos. Com as devidas adaptações, caríssimo LAC.
"...Podemos, sem dúvida, esticar a coisa até testar o pesadelo Malthusiano. Mas o meu ponto não se centra nem no pesadelo Maltusiano nem na admirável morte do mito Malthusiano. Não quero sequer versar aqui sobre a coesão cultural e social. Relevantíssima, todavia. Apenas ressalvo que não pode ser tido como pressuposto válido, evidencia de verdade ou manifestação de juízo científico comprovado, que o declínio demográfico afecte a escala económica, o crescimento económico, a prosperidade e a produtividade. Pelo contrário, visível e peremptória é a superação sucessiva da máxima eficiência na aplicação de recursos. Exceptuando a quem gira um esquema de ponzi, não vejo a quem, verdadeiramente, angustie a redução demográfica!! Preocupar-me-ia mais um excedente demográfico, talvez! Outro ponto, colocar nesta discussão o aproveitamento ou as virtuais virtudes económicas é um contra ponto. É preferível manter-mo-nos no resgisto da compaixão. Há já, em Portugal e por essa Europa fora, vastíssimas comunidades imigrantes e não é líquido o saldo positivo dessas comunidades entre a produção de riqueza, distribuição de riqueza e o consumo!! Note que os mecanismos jurídicos imperativos de distribuição de riqueza são virtude que se funda na coesão social, obviamente que advém primordialmente da dignidade da pessoa humana mas, todavia, do mesmo modo o reconhecimento jurídico só se manifesta através do Direito na esfera Estadual, e o Estado, como sabemos, é, por natureza, excludente na aplicação das suas normas. Utopias, distopias, muito mais haveria a dizer mas, fundamentalmente, não vejo problema nenhum com o declínio demográfico. Por outro lado quedo-me apreensivo, no mínimo, com a candidez e presunção de que a imigração massiva possa ser a salvação do que não carece de salvação!! Como resposta a um não problema!! Um bem haja,
Caro LAC, consegue melhor explicar isto: "..Portugal teria muito mais a ganhar do que a Alemanha com a vinda de alguns milhares de refugiados. Mas não, a Alemanha é que vai aproveitar a oportunidade. É dos casos em que sermos solidários é compatível com sermos egoístas. É uma pena se não aproveitarmos." De onde lhe advém tamanha certeza? Pode explicitar a ciência que lhe parece tão sólida!!? Cordialmente,
Caro Justiniano, as evidências de que sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas são tantas que não terá dificuldade em encontrar. E os motivos andam, essencialmente, à volta dos apresentados na entrevista. Os jovens são mais empreendedores, têm maior capacidade de risco, são mais inovadores, etc. Quanto aos efeitos da imigração estão também estudados e são conhecidos. Há diversos efeitos benéficos incluindo o facto de também os imigrantes serem mais empreendedores. Forte araço.
Caro Luís Aguiar Conraria, um forte abraço, também! Sabe quais as sociedades mais jovens do planeta?? Sabe quais são as mais dinâmicas? Há dados objectivos, meu caro, e não consta que correspondam!! A sua conclusão não coincide com os dados invocados! Quanto aos efeitos da imigração. Há milhentos efeitos da imigração, para todas as conclusões possíveis! Conhece algum caso bem sucedido de imigração massiva?? Há, todavia, exemplos vários de tragédias históricas!! Eu não pretendo oferecer erosão à boa fé da sua posição, mas, meu caro, a prudência recomenda alguma exigência para com a realidade objectiva e, sobretudo, com a História!! Um bem haja,
"A sua conclusão não coincide com os dados invocados! " Sobre este assunto não é possível haver grande debate sobre os factos. Simplesmente a evidência é demasiado forte.
"Quanto aos efeitos da imigração. Há milhentos efeitos da imigração, para todas as conclusões possíveis! " É um facto. Felizmente, tenho treino profissinal para distinguir estudos sérios de estudos manipulados e também tenho treino profissional para distinguir estudos publicados em revistas científicas muito boas de estudos publicados em revistas de vão de escada. Naturalmente, o Justiniano não tem de acreditar nas minhas capacidades para distinguir estudos bem feitos de estudos mal feitos ou manipulados, mas, como soi dizer-se, presunção e água benta cada um toma a que quer e eu tenho a presunção de os saber distinguir.
"Conhece algum caso bem sucedido de imigração massiva??" Sim, conheço vários. Vou-lhe dar um com muçulmanos e tudo, já que é esse o medo de muita gente (não estou a dizer que seja o seu caso). Por exemplo, em meados dos anos 90 vários milhares de refugiados bósnios refugiaram-se em St. Louis, Estados Unidos. Actualmente, 2015, são cerca de 70.000. Integraram-se perfeitamente, são uma comunidade muito dinâmica, empreendedores, etc. O impacto foi tão importante que em St Louis dizem que se os bósnios não tivessem ido para lá, teriam de ser inventados. São das poucas comunidades em St Louis que ajudam a reverter, parcialmente, o declínio populacional.
Caríssimo LAC, como nenhum dos dois está em campanha eleitoral vamo-nos impor algum rigor!! Eu, sinceramente, dou-lhe a minha palavra, acredito na sua palavra, não haja dúvida alguma, mas a minha palavra é insuficiente. O meu caro parte da asserção "sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas" que não pode comprovar, desqualificando-a. O Niger, Uganda ou, para não irmos tão longe, a Albania são das sociedades mais jovens, logo serão as mais dinâmicas. O caríssimo LAC emprega o argumento racional para concluir o inverso dos dados que invoca. Convenhamos, caro LAC, que não é um bom ponto de partida para a melhor persuasão!! Contudo, o caríssimo LAC, de forma intrigante, insiste "Sobre este assunto não é possível haver grande debate sobre os factos. Simplesmente a evidência é demasiado forte.". Precisamente, as evidencias são evidentes, daí que me surpreenda a sua conclusão, revél ao método. Por outro lado, é evidente que o meu caro tem razão. Há, por evidencia da história, consabidamente, milhentos casos bem sucedidos de imigração massiva (chineses na malásia, alemães nos eua e brasil etc...). Cada um com as suas circunstancias excepcionais, mas ocorrem, por regra, quando a comunidade imigrada acrescenta valor, ou pelo menos não retira, económico e cultural à civilização. Precisando a questão, referia-me a algum exemplo contemporâneo na Europa (os EUA são singulares nesse aspecto). Excluindo, naturalmente, comunidades histórica e culturalmente inter relacionadas, com fronteiras e territórios historicamente comuns, onde os termos migração e integração não fazem qualquer sentido. Caríssimo LAC esta questão é seríssima e complexíssima (à beira da qual a questão do euro é quase irrelevante). Interfere com os fundamentos das comunidades históricas. Com a coesão social e cultural. Exige, sobretudo, prudência. O excesso de virtude, como bem sabe o meu caro, é um vício. A persuasão exige uma construção sólida e dados indisputáveis, não se basta com um enunciado virtuoso!! Um grande bem haja,
"O meu caro parte da asserção "sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas" que não pode comprovar, desqualificando-a. O Niger, Uganda ou, para não irmos tão longe, a Albania são das sociedades mais jovens, logo serão as mais dinâmicas."
É pá, a sério, para este tipo de argumentação eu não tenho paciência. Isto é conversa de ir ao cu, sinceramente. Quando se fazem comparações sobre os efeitos de um factor, não se pode meter milhares de factores à mistura. É evidente que a Albânia não é particularmente dinâmica (e mesmo assim já está melhor) mas tal não acontece por excesso de juventude. É todo um outro conjunto de factores que o explica.
"Há, por evidencia da história, consabidamente, milhentos casos bem sucedidos de imigração massiva (...), mas ocorrem, por regra, quando a comunidade imigrada acrescenta valor, ou pelo menos não retira, económico e cultural à civilização."
Isso parece-me dizer que a imigração em massa é bem sucedida quando é bem sucedida.
A respeito de exemplos europeus de imigração bem-sucedida, acho que há logo aqui um problema, porque há muitos casos (como os magrebinos em França ou os africanos em Portugal) em que não é muito claro se os problemas que sobretudo a "segunda geração" (frequentemente a 3ª ou 4ª, mas enfim...) tem são sinais de "imigração mal sucedida" ou se são apenas sinais de dificuldade de integração dos jovens das classes "baixas", independentemente da sua origem étnica (se vermos filmes sobre a criminalidade juvenil nos anos 50, em sociedades mais etnicamente homogéneas, não me parece que o fenómeno fosse muito diferente dos problemas que ocorrem hoje em dia com jovens de minorias étnicas - gangs juvenis controlando bairros onde a policia entra a medo, e com motins ocasionais, normalmente despoletados por casos de alegada violência policial). Atenção que eu não estou incluindo o Reino Unido (onde, pelo que leio, parece-me haver claros problemas de integração de algumas comunidades imigrantes, em vez de apenas a "tradicional" delinquência juvenil)
Caro Miguel Madeira, viva!! "Isso parece-me dizer que a imigração em massa é bem sucedida quando é bem sucedida." Exactamente!! Tal como as sociedades mais jovens são mais produtivas e prósperas quando são mais produtivas e prósperas!! O que aqui está em causa não é a melhor ou pior integração social de comunidades imigrantes, esse é um outro problema (note que se refere aqui a imigração massiva, fenómeno diverso e estudável, talvez, através dos exemplos do RU, EUA e França). O que está, aqui, em causa, é saber se o declínio populacional, ou o co relacionado envelhecimento, é, em si, um problema, afectando negativamente a produtividade e prosperidade de uma sociedade, no caso, a Portuguesa (dos dados económicos das últimas três décadas não consigo firmar um resultado negativo do envelhecimento populacional. Não vejo, pelo menos, evidencia disso). E se sim, se a resposta for positiva, saber se a imigração massiva será resposta a esse problema. O caro LAC, diz-nos que sim! E acrescenta que o recurso à imigração, imigração para além da imigração natural que todos os anos ocorre em Portugal ou seja um fenómeno de imigração extra com números sensíveis e visíveis, cripto massiva, será resposta virtuosa!! Como factor de análise relevante devemos considerar, também, que não existe em Portugal deficit de mão de obra qualificada!! Um bem haja,
Caro LAC, sinceramente... O meu caro ainda não percebeu que é sobre si que recai o ónus!!! O meu caro explicitou apenas um factor, ou o factor, não fui eu, e daí, desembraiado, concluiu como quis!! Porque sim e apenas porque sim, sem mais!! O que estou a tentar dizer-lhe, lamento, meu caro, é que parte de pressupostos que não consegue comprovar!!
Justiniano, simplesmente há demasiados trabalhos a demonstrar a relação entre populações jovens e dinamismo/empreendedorismo/inovação/etc para andar a perder tempo com esta discussão. Os outros pontos mereceram resposta é, portanto, respondi lá em cima. Este não merece. Que o Justiniano penso que neste assunto recai sobre mim o ônus da prova apenas demonstra o quanto sabe sobre o assunto. Que pense que atirar com a Alvania ou o Uganda ou outra coisa qualquer é sequer um argumento, apenas serve de ilustração sobre os seus conhecimentos sobre metodologia comparativa. Agora, por favor, entenda que quando eu digo que não tenho paciência para conversas de ir ao cu é porque não estou para gastar mais tempo com o assunto.
Gabo-lhe a paciência de ler o que dizem os troll; se me perguntasse diria que é perca de tempo, inutil e contraproducente. Não aconselho ninguém a tirar os comentários, que são uma forma interessante e barata de deixar os cidadãos desabafarem (e aumenta as audiências), mas prestar-lhe atenção só se fosse um painel de especialistas; agora ligar a que diz um troll, que até pode ser um mentecapo?
Brilhante, caro LAC. Esclarecedor!! Estou em crer que, agora, com tamanha eloquência e mestria persuasiva, estamos todos perfeitamente esclarecidos acerca das virtudes da sua proposta e da solidez da ciência que lhe subjaz, sobre este assunto. Avassalador! Tão proselitamente indisputável que já nem cu tenho para o contestar!!
Eu gosto muito de canídeos! Está finalmente explicado porque é que eu gosto de ti...
ResponderEliminarCaro LA-C, permita-me, por economia de recursos, repetir um comentário (a um texto do J. André do Delito de Opinião) sobre a questão da pretensa necessidade da imigração massiva. O assunto é actualíssimo e pertinentíssimo, como sabemos. Com as devidas adaptações, caríssimo LAC.
ResponderEliminar"...Podemos, sem dúvida, esticar a coisa até testar o pesadelo Malthusiano. Mas o meu ponto não se centra nem no pesadelo Maltusiano nem na admirável morte do mito Malthusiano. Não quero sequer versar aqui sobre a coesão cultural e social. Relevantíssima, todavia.
Apenas ressalvo que não pode ser tido como pressuposto válido, evidencia de verdade ou manifestação de juízo científico comprovado, que o declínio demográfico afecte a escala económica, o crescimento económico, a prosperidade e a produtividade. Pelo contrário, visível e peremptória é a superação sucessiva da máxima eficiência na aplicação de recursos. Exceptuando a quem gira um esquema de ponzi, não vejo a quem, verdadeiramente, angustie a redução demográfica!! Preocupar-me-ia mais um excedente demográfico, talvez!
Outro ponto, colocar nesta discussão o aproveitamento ou as virtuais virtudes económicas é um contra ponto. É preferível manter-mo-nos no resgisto da compaixão. Há já, em Portugal e por essa Europa fora, vastíssimas comunidades imigrantes e não é líquido o saldo positivo dessas comunidades entre a produção de riqueza, distribuição de riqueza e o consumo!! Note que os mecanismos jurídicos imperativos de distribuição de riqueza são virtude que se funda na coesão social, obviamente que advém primordialmente da dignidade da pessoa humana mas, todavia, do mesmo modo o reconhecimento jurídico só se manifesta através do Direito na esfera Estadual, e o Estado, como sabemos, é, por natureza, excludente na aplicação das suas normas. Utopias, distopias, muito mais haveria a dizer mas, fundamentalmente, não vejo problema nenhum com o declínio demográfico. Por outro lado quedo-me apreensivo, no mínimo, com a candidez e presunção de que a imigração massiva possa ser a salvação do que não carece de salvação!! Como resposta a um não problema!!
Um bem haja,
Caro LAC, consegue melhor explicar isto: "..Portugal teria muito mais a ganhar do que a Alemanha com a vinda de alguns milhares de refugiados. Mas não, a Alemanha é que vai aproveitar a oportunidade. É dos casos em que sermos solidários é compatível com sermos egoístas. É uma pena se não aproveitarmos." De onde lhe advém tamanha certeza? Pode explicitar a ciência que lhe parece tão sólida!!?
ResponderEliminarCordialmente,
Caro Justiniano, as evidências de que sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas são tantas que não terá dificuldade em encontrar. E os motivos andam, essencialmente, à volta dos apresentados na entrevista. Os jovens são mais empreendedores, têm maior capacidade de risco, são mais inovadores, etc.
ResponderEliminarQuanto aos efeitos da imigração estão também estudados e são conhecidos. Há diversos efeitos benéficos incluindo o facto de também os imigrantes serem mais empreendedores. Forte araço.
Caro Luís Aguiar Conraria, um forte abraço, também!
EliminarSabe quais as sociedades mais jovens do planeta?? Sabe quais são as mais dinâmicas? Há dados objectivos, meu caro, e não consta que correspondam!! A sua conclusão não coincide com os dados invocados!
Quanto aos efeitos da imigração. Há milhentos efeitos da imigração, para todas as conclusões possíveis! Conhece algum caso bem sucedido de imigração massiva?? Há, todavia, exemplos vários de tragédias históricas!! Eu não pretendo oferecer erosão à boa fé da sua posição, mas, meu caro, a prudência recomenda alguma exigência para com a realidade objectiva e, sobretudo, com a História!!
Um bem haja,
"A sua conclusão não coincide com os dados invocados! "
EliminarSobre este assunto não é possível haver grande debate sobre os factos. Simplesmente a evidência é demasiado forte.
"Quanto aos efeitos da imigração. Há milhentos efeitos da imigração, para todas as conclusões possíveis! "
É um facto. Felizmente, tenho treino profissinal para distinguir estudos sérios de estudos manipulados e também tenho treino profissional para distinguir estudos publicados em revistas científicas muito boas de estudos publicados em revistas de vão de escada. Naturalmente, o Justiniano não tem de acreditar nas minhas capacidades para distinguir estudos bem feitos de estudos mal feitos ou manipulados, mas, como soi dizer-se, presunção e água benta cada um toma a que quer e eu tenho a presunção de os saber distinguir.
"Conhece algum caso bem sucedido de imigração massiva??"
Sim, conheço vários. Vou-lhe dar um com muçulmanos e tudo, já que é esse o medo de muita gente (não estou a dizer que seja o seu caso). Por exemplo, em meados dos anos 90 vários milhares de refugiados bósnios refugiaram-se em St. Louis, Estados Unidos. Actualmente, 2015, são cerca de 70.000. Integraram-se perfeitamente, são uma comunidade muito dinâmica, empreendedores, etc. O impacto foi tão importante que em St Louis dizem que se os bósnios não tivessem ido para lá, teriam de ser inventados. São das poucas comunidades em St Louis que ajudam a reverter, parcialmente, o declínio populacional.
Caríssimo LAC, como nenhum dos dois está em campanha eleitoral vamo-nos impor algum rigor!!
EliminarEu, sinceramente, dou-lhe a minha palavra, acredito na sua palavra, não haja dúvida alguma, mas a minha palavra é insuficiente.
O meu caro parte da asserção "sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas" que não pode comprovar, desqualificando-a. O Niger, Uganda ou, para não irmos tão longe, a Albania são das sociedades mais jovens, logo serão as mais dinâmicas. O caríssimo LAC emprega o argumento racional para concluir o inverso dos dados que invoca. Convenhamos, caro LAC, que não é um bom ponto de partida para a melhor persuasão!!
Contudo, o caríssimo LAC, de forma intrigante, insiste "Sobre este assunto não é possível haver grande debate sobre os factos. Simplesmente a evidência é demasiado forte.". Precisamente, as evidencias são evidentes, daí que me surpreenda a sua conclusão, revél ao método.
Por outro lado, é evidente que o meu caro tem razão. Há, por evidencia da história, consabidamente, milhentos casos bem sucedidos de imigração massiva (chineses na malásia, alemães nos eua e brasil etc...). Cada um com as suas circunstancias excepcionais, mas ocorrem, por regra, quando a comunidade imigrada acrescenta valor, ou pelo menos não retira, económico e cultural à civilização.
Precisando a questão, referia-me a algum exemplo contemporâneo na Europa (os EUA são singulares nesse aspecto). Excluindo, naturalmente, comunidades histórica e culturalmente inter relacionadas, com fronteiras e territórios historicamente comuns, onde os termos migração e integração não fazem qualquer sentido.
Caríssimo LAC esta questão é seríssima e complexíssima (à beira da qual a questão do euro é quase irrelevante). Interfere com os fundamentos das comunidades históricas. Com a coesão social e cultural. Exige, sobretudo, prudência.
O excesso de virtude, como bem sabe o meu caro, é um vício. A persuasão exige uma construção sólida e dados indisputáveis, não se basta com um enunciado virtuoso!!
Um grande bem haja,
"O meu caro parte da asserção "sociedades mais jovens são bem mais dinâmicas do que sociedades envelhecidas" que não pode comprovar, desqualificando-a. O Niger, Uganda ou, para não irmos tão longe, a Albania são das sociedades mais jovens, logo serão as mais dinâmicas."
EliminarÉ pá, a sério, para este tipo de argumentação eu não tenho paciência. Isto é conversa de ir ao cu, sinceramente. Quando se fazem comparações sobre os efeitos de um factor, não se pode meter milhares de factores à mistura. É evidente que a Albânia não é particularmente dinâmica (e mesmo assim já está melhor) mas tal não acontece por excesso de juventude. É todo um outro conjunto de factores que o explica.
"Há, por evidencia da história, consabidamente, milhentos casos bem sucedidos de imigração massiva (...), mas ocorrem, por regra, quando a comunidade imigrada acrescenta valor, ou pelo menos não retira, económico e cultural à civilização."
EliminarIsso parece-me dizer que a imigração em massa é bem sucedida quando é bem sucedida.
A respeito de exemplos europeus de imigração bem-sucedida, acho que há logo aqui um problema, porque há muitos casos (como os magrebinos em França ou os africanos em Portugal) em que não é muito claro se os problemas que sobretudo a "segunda geração" (frequentemente a 3ª ou 4ª, mas enfim...) tem são sinais de "imigração mal sucedida" ou se são apenas sinais de dificuldade de integração dos jovens das classes "baixas", independentemente da sua origem étnica (se vermos filmes sobre a criminalidade juvenil nos anos 50, em sociedades mais etnicamente homogéneas, não me parece que o fenómeno fosse muito diferente dos problemas que ocorrem hoje em dia com jovens de minorias étnicas - gangs juvenis controlando bairros onde a policia entra a medo, e com motins ocasionais, normalmente despoletados por casos de alegada violência policial). Atenção que eu não estou incluindo o Reino Unido (onde, pelo que leio, parece-me haver claros problemas de integração de algumas comunidades imigrantes, em vez de apenas a "tradicional" delinquência juvenil)
Caro Miguel Madeira, viva!!
Eliminar"Isso parece-me dizer que a imigração em massa é bem sucedida quando é bem sucedida." Exactamente!! Tal como as sociedades mais jovens são mais produtivas e prósperas quando são mais produtivas e prósperas!!
O que aqui está em causa não é a melhor ou pior integração social de comunidades imigrantes, esse é um outro problema (note que se refere aqui a imigração massiva, fenómeno diverso e estudável, talvez, através dos exemplos do RU, EUA e França). O que está, aqui, em causa, é saber se o declínio populacional, ou o co relacionado envelhecimento, é, em si, um problema, afectando negativamente a produtividade e prosperidade de uma sociedade, no caso, a Portuguesa (dos dados económicos das últimas três décadas não consigo firmar um resultado negativo do envelhecimento populacional. Não vejo, pelo menos, evidencia disso). E se sim, se a resposta for positiva, saber se a imigração massiva será resposta a esse problema.
O caro LAC, diz-nos que sim! E acrescenta que o recurso à imigração, imigração para além da imigração natural que todos os anos ocorre em Portugal ou seja um fenómeno de imigração extra com números sensíveis e visíveis, cripto massiva, será resposta virtuosa!!
Como factor de análise relevante devemos considerar, também, que não existe em Portugal deficit de mão de obra qualificada!!
Um bem haja,
Caro LAC, sinceramente...
ResponderEliminarO meu caro ainda não percebeu que é sobre si que recai o ónus!!! O meu caro explicitou apenas um factor, ou o factor, não fui eu, e daí, desembraiado, concluiu como quis!! Porque sim e apenas porque sim, sem mais!!
O que estou a tentar dizer-lhe, lamento, meu caro, é que parte de pressupostos que não consegue comprovar!!
Justiniano, simplesmente há demasiados trabalhos a demonstrar a relação entre populações jovens e dinamismo/empreendedorismo/inovação/etc para andar a perder tempo com esta discussão. Os outros pontos mereceram resposta é, portanto, respondi lá em cima. Este não merece.
EliminarQue o Justiniano penso que neste assunto recai sobre mim o ônus da prova apenas demonstra o quanto sabe sobre o assunto. Que pense que atirar com a Alvania ou o Uganda ou outra coisa qualquer é sequer um argumento, apenas serve de ilustração sobre os seus conhecimentos sobre metodologia comparativa.
Agora, por favor, entenda que quando eu digo que não tenho paciência para conversas de ir ao cu é porque não estou para gastar mais tempo com o assunto.
Gabo-lhe a paciência de ler o que dizem os troll; se me perguntasse diria que é perca de tempo, inutil e contraproducente. Não aconselho ninguém a tirar os comentários, que são uma forma interessante e barata de deixar os cidadãos desabafarem (e aumenta as audiências), mas prestar-lhe atenção só se fosse um painel de especialistas; agora ligar a que diz um troll, que até pode ser um mentecapo?
ResponderEliminarBrilhante, caro LAC. Esclarecedor!! Estou em crer que, agora, com tamanha eloquência e mestria persuasiva, estamos todos perfeitamente esclarecidos acerca das virtudes da sua proposta e da solidez da ciência que lhe subjaz, sobre este assunto. Avassalador! Tão proselitamente indisputável que já nem cu tenho para o contestar!!
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