Houston é a capital do sector energético nos EUA e aqui os preços baixos do petróleo estão a fazer-se sentir nos preços das casas. A Laura, uma das pessoas que trabalha no meu andar, faz financiamento imobiliário e ela contou-nos algumas das histórias que se têm passado na zona. Há uns meses, uma construtora local com quem ela trabalha vendia cerca de 37 casas por mês; neste momento, vende apenas 11.
Ao contrário de outras cidades americanas, na década passada Houston não teve uma bolha imobiliária porque os bancos não financiaram muito o sector. Em vez disso, a cidade continua a ter um défice de casas e apartamentos, especialmente perto do centro da cidade. Os preços do imobiliário e das rendas têm reflectido esta escassez e têm sido o mecanismo de ajuste.
Como reacção ao preço do petróleo, algumas empresas locais têm despedido funcionários. Por exemplo, a Chevron prepara-se para despedir cerca de 950 pessoas só em Houston. Em Junho, estimava-se que a cidade perdesse talvez 50 mil empregos por causa dos baixos preços do petróleo. Outras companhias tentam cortar os custos de outras formas, como mudando para sítios mais baratos ou com sistemas de impostos mais vantajosos--por exemplo, algumas empresas saíram da Califórnia e vieram para Houston por causa do Texas não ter imposto estatal. Como, entretanto, Houston ficou cara, algumas empresas saem daqui e vão para cidades mais baratas.
Para algumas pessoas estas mudanças vieram em péssima altura. A Laura contou o caso de duas famílias que se preparavam para comprar casa. Cada família tinha dado de entrada cerca de $30.000, a título de "earnest money" (sinal). Um dos casais perdeu o dinheiro porque teve de cancelar a compra, pois ambos os membros foram despedidos. O outro casal perdeu o dinheiro porque a companhia decidiu mudar o escritório de cidade e, ou eles mudavam de cidade, ou perdiam o emprego. Pelas quantias envolvidas, deviam ser casas bastante caras.
Rita,
ResponderEliminarEu acho $2.05 por galão é um disparate. Tomei um hoje de manhã com um croissant com queijo prensado e paguei 1.30 € ($1.47 a câmbio actual). ;)
Quando eu vim para os EUA--há vinte anos--era mais ou menos $0.87/galão. Mas a gasolina ainda vai baixar mais, parece...
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