“Ninguém chega virgem à liderança dos grandes partidos”O jornalista Vítor Matos, nascido em Grândola um ano antes da revolução de 74, passou 10 meses a investigar os podres nas eleições internas dos dois partidos que têm alternado na governação do país - PS e PSD - mas há mais de uma década que vem denunciando casos que fazem perigar a democracia em Portugal. O retrato traçado em "Os Predadores", que explica "tudo o que os políticos fazem para conquistar o poder", é desanimador para quem acredita na política: há histórias de eleições falseadas, troca de votos por cargos e favores, de políticos que se perpetuam no poder com muitas manhas. Neste jogo, não há inocentes, só culpados que "estão a matar a democracia em Portugal". Leia, se tiver estômago.
Fonte: Expresso, 25/9/2015
Eu acho que investir muito esforço em encontrar pessoas para um governo que está chumbado à partida é errado; mas apresentar um governo que tenha pessoas com o rabo entalado também é errado. E, como dizem os americanos, "two wrongs, don't make a right". Ora a PàF apresentou um governo onde o Ministro Calvão da Silva não era recomendável. Depois de nos terem servido Miguel Relvas há quatro anos e do PSD ter esturricado no churrasco e ter perdido credibilidade, voltam a cometer o mesmo erro. Sabem o que é isso? É uma completa estupidez.
Há algum progresso, no entanto, porque a má escolha já anda na Comunicação Social (por exemplo, aqui e aqui), o que demorou muito mais tempo a acontecer com Miguel Relvas.
Ao contrário do que diz o artigo do Expresso que cito acima, eu não acho razoável que se espere que esta gente seja virgem quando chega ao poder. Eu espero que seja boa na cama: que conversem uns com os outros, e com o país, e que todos saíamos da coisa minimamente satisfeitos. É natural que não tenhamos orgasmos todos ao mesmo tempo e sempre; mas irmos alternando e não haver ninguém completamente insatisfeito seria óptimo.
Mas a nossa realidade é que não há quem seja bom na cama; o que há é uns gajos que se masturbam e uns outros voyeurs que lhes passam os brinquedos. E nunca mais saímos desta vida...
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