O nitrogénio é um gás que vai a todas, compondo 4/5 da atmosfera, mas não se compromete com nenhuma, não participando na respiração, nem na combustão. Assim é António Costa: vai a todas, mas mesmo quando diz que se compromete, reserva o direito de deixar toda a gente pendurada. A ideia de "palavra de honra" é completamente estranha ao homem. E ainda, como o nitrogénio, de vez em quando, associa-se a umas explosões.
O que é saliente na personalidade de Costa é que ele não é, como nós dizemos em econometria, BLU: não é o melhor, não é linear, e não é desenviesado. Sabemos de antemão que, acima de tudo, o homem está preocupado com a sua progressão política e entretém qualquer acordo com quem quer que seja, se vir que pode beneficiar pessoalmente. Neste momento, acha que o mais vantajoso são acordos à esquerda.
Usando análise Bayesiana, a informação prior que Costa deu a todos é a de que, eventualmente, mudará de ideias. Pensa Costa que esta maleabilidade é uma vantagem, mas pode não o ser. De acordo com o Explicador do Observador, O actual Presidente da República, que foi a primeira pessoa a dar estabilidade governamental a Portugal pós-74, já deu indicações de que não acha problemático esperar-se até termos um governo de maior consenso.
E porque não? Se os outros países da UE negoceiam durante longos meses, porque é que nós nos deveremos apressar? Não é de todo necessário porque há antecedente para justificar o nosso comportamento e não levantar grandes ondas no resto da UE. A estabilidade estará preservada com um longo período de discussão entre os partidos.
Cavaco Silva até menciona um prazo de 80 dias. Sabemos assim que Cavaco Silva aprecia Júlio Verne: pretende dar a volta a Costa em 80 dias.
Brilhante!
ResponderEliminarQuem quiser ver que veja!
ResponderEliminarQuem quiser ver que veja!
ResponderEliminarRita:
ResponderEliminarNão imagina o que o nitrogénio Costa faz na câmara de Lisboa.
Encontrou aquilo num brinquinho, sem dívidas, com um superavit, poucos funcionários, impostos municipais baixos, tudo em ordem.
Deixou uma dívida maior, com déficit, aumentou o número de funcionários, aumentou os impostos, uma balbúrdia.
Tenho pena do Fernando Medina e da herança que recebeu, coitado.
Eu acho que ele vai destruir o PS, que vai tornar-se num partido marginal, se alguém não pára António Costa. Acho péssimo para o país.
EliminarRita:
ResponderEliminarQualquer estratégia queimava o PS.
Que começou a arder há muito tempo.
O ambiente contra as esquerdas, em geral, é avassalador.
Vale tudo.
Parece o PREC, agora das direitas, munido de uma teoria do tipo canivete suíço, com soluções de sucesso para tudo: o liberalismo.