quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Alto relevo social, cultural, comunicacional!!

Penso que é a primeira vez que Francisco Louçã me referencia num artigo de opinião.
Confesso, sem qualquer ironia, que gostei imenso deste artigo e que nunca imaginei que Louçã (que foi meu orientador de tese de mestrado) me visse como uma das "personalidades que cultivavam um lugar ao centro e que disso obtinham relevo social, cultural, comunicacional" e que fosse um exemplo de "pensamentos arejados e intrigantes." Isto além de reconhecer o meu sentido de humor. Que posso eu fazer senão mandar-lhe um abraço blogosférico?

7 comentários:

  1. Ah, mas já está feito ao bife desde que o Observador o albergou....

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    1. Mais tarde poderei responder a isso. Para já deixa-me apreciar o destaque que ele me deu.

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  3. Eu leio o Louçã e fico com a impressão que o que causou o empobrecimento foi baixar os salários e reduzir as pensões. Não percebi a lógica dele. Se isso fosse uma política que causasse forte crescimento, a economia não teria embatido contra a parede ANTES de se cortar salários e pensões.

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    1. Rita, desculpe mas o que diz não faz muito sentido. Os anos em que houve maiores cortes de salários e pensões coincidem com os anos em que o PIB teve maiores decréscimos.

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    2. Rui, é exactamente isso: os cortes foram feitos para evitar contrair dívida, ou seja, não geraram crescimento nenhum. O que gerou crescimento foi ter acesso à dívida para os financiar. Usar dívida para despesas correntes é meio caminho andado para a bancarrota. Esta é a política que foi seguida antes da Troika chegar e nós já sabemos que não é sustentável.

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    3. Desculpe Rita mas acho a sua visão demasiado simplista ao ignorar a dimensão política desta questão.

      É sabido que em qualquer bloco económico existe deslocação do capital e do investimento das periferias para o centro, podemos observar isso no nosso próprio país em que houve deslocação do capital/investimento para Lisboa antes do euro, e em que ninguém discute que tem que haver apoio às regiões mais desfavorecidas. Com a entrada no euro, aconteceu o mesmo, deslocação do investimento produtivo para o centro da europa à custa do nosso país. Nos primeiros anos havia transferências financeiras da Europa que de certa forma colmatavam essa deslocação de capitais e investimento, com a sua diminuição obviamenete que se gerou dívida enquanto foi possível para manter o nível de vida. Obviamente que poderíamos ainda falar de outras situações como os tratados comerciais feitos a nível da união europeia que favoreciam a importação de texteis (produzidos em Portugal) permitindo por outro lado a exportação de automóveis e maquinaria pesada (produzidos no centro da europa).

      Agora assumir que Portugal tem de empobrecer ainda mais (e sim diminui salários e pensões é mesmo empobrecer o país) em vez de assumir que também deveria existir por parte do centro da europa a responsabilidade de assegurar maiores fluxos financeiros centrífugos, sejam eles através de investimento directo ou de outro tipo de apoios parece-me que é ignorar uma grande parte da situação actual.



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