É tão óbvio que eu ando há década e meia a perguntar-me como é que isto não estava claramente presente na minha cabeça antes, como é que este teste de lógica não era uma das primeiras coisas que eu efectuava quando analisava os meus resultados. Bastaria comparar os resultados e saberia logo se tinha cometido um erro ou se a restrição era relevante. Se sabia que a restrição era relevante e o resultado não era o esperado, tinha cometido um erro com certeza absoluta e o modelo não prestava.
Não é preciso grande análise para saber que o Orçamento de Estado está cheio de erros. Basta pensar que cada vez que é imposta uma nova restrição, os resultados da economia portuguesa não pioram, tudo continua muito agradável. Não há modelo nenhum que faça isto a não ser que as novas restrições impostas sejam irrelevantes. Como nós sabemos que as restrições são relevantes, o problema tem de ser o modelo estar errado e, obviamente, as conclusões também serem erradas.
Não se preocupe que Maria Luís Albuquerque já fez saber que o Centeno é incompetente http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=593908
ResponderEliminarTens toda a razão Rita.
ResponderEliminarSe foram acrescentadas apenas novas restrições, tem todo a razão. Porém, se as medidas propostas alteram a configuração das restrições atuais (como propõe o governo) isso já não é verdade.
ResponderEliminarOu seja, mais uma vez isto depende da fé (porque no fundo é mesmo disso que se trata) nos efeitos das medidas sobre a economia. Neste ponto, não estou muito crente...
Quando eles incluem novas restrições modificam o comportamento do modelo, isto é, ajustam os parâmetros para os resultados com a nova restrição serem melhores do que seriam com os parâmetros antigos. Isso é óbvio porque é impossível o mesmo modelo dar resultados desta natureza.
EliminarNo corpo teórico-prático invocado pela Rita, neste postal, o número de restrições tem de ser superior ao número de variáveis e um dos equilíbrios é conseguido por via da introdução de novas variáveis sempre que, por alguma razão, são impostas mais restrições. Não é uma brincadeira. É Microeconomia Portuguesa de Costa&Centeno.
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