"O Estado injectou um total de 90 milhões de euros no Banco Efisa nos últimos dois anos. O mais recente aumento de capital foi realizado já em Janeiro e levou a Parparticipadas, veículo público que ficou com sociedades que pertenciam ao antigo BPN, a entrar com mais 12,5 milhões, elevando o capital do banco de investimento a 115,5 milhões de euros.
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O valor mobilizado pelo Estado para o Efisa corresponde a mais do dobro dos 38,5 milhões de euros que a Pivot SGPS, "holding" de capitais angolanos e portugueses, acordou pagar pelo banco de investimento. Mas até que este investidor assuma o controlo do Efisa não está prevista qualquer outra injecção de capital, garantiu Bruno de Castro Henriques."Fonte: Jornal de Negócios, 1/2/2016
Perceberam a matemática da coisa? O estado português pede dinheiro emprestado porque não tem receitas suficientes para os compromissos que tem, então tem de chutar o pagamento dos gastos presentes para o futuro através de dívida. Mas, em vez que estar quieto, ainda decide aumentar mais a despesa presente e futura, pois gasta esse dinheiro a recapitalizar empresas falidas, que depois vende por um preço inferior ao custo de as recapitalizar, ou seja, tem retorno negativo para os contribuintes, pois socializa as perdas e privatiza os lucros.
Os contribuintes perdem por duas vias: (1) têm de pagar os juros do dinheiro que foi usado para recapitalizar o banco; e (2) têm perdas efectivas na venda do activo, como é o caso do Efisa, como foi o caso do Banif. Só pessoas idiotas é que governam um país assim. Ou talvez não sejam idiotas, talvez lhes interesse apenas fazer favores a amigos ou viver à custa dos contribuintes.
"Entre os accionistas da Pivot SGPS estão investidores portugueses e africanos, como Mário Palhares, antigo vicce-governador do Banco Nacional de Angola; António Bernardo, partner da Roland Berger; e Miguel Relvas, antigo ministro-Adjunto de Pedro Passos Coelho."Fonte: Jornal de Negócios, 1/2/2016
Obviamente que essas injecções todas se destinam a combater riscos sistémicos e a não afectar a confiança do público no sector financeiro, a qual, como sabemos, tem a altura do Everest. Ainda não percebeste isto?
ResponderEliminarForgot to wink! ;-)
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