Disclosure: Peter Grauer, the chairman of Bloomberg LP, recently joined Blackstone's board of directors.
Hoje li a crónica semanal de Ricardo Costa no Expresso, que menciona a disputa entre Bruxelas e Portugal acerca do OE 2016. Não há nenhum aviso de conflito de interesse no próprio artigo -- o autor é meio-irmão do nosso ilustre Primeiro Ministro --, o que seria o mínimo que se poderia exigir a um profissional que é Director de um semanário da envergadura do Expresso. Também não há nenhum aviso na página de Ricardo Costa no Expresso.
Não compreendo esta conduta, pois este é o mesmo semanário que, invocando -- e muito bem -- o motivo de conflito de interesse, se recusa a escrever críticas a obras literárias de pessoas que escrevam para a casa. A bem dizer, o que seria eticamente correcto seria que Ricardo Costa não comentasse questões que envolvessem a governação do irmão.
Ricardo Costa encenou um pedido de demissão do Expresso quando o António Costa foi eleito Secretário Geral. A sua saída teria sido uma grande ajuda para este pois o mano Ricardo tem sido, com habilidade, um dos seus mais eficazes inimigos políticos.
ResponderEliminarRita, o homem anunciou bem alto era irmão do Costa. Já toda a gente sabe, não fazia sentido nenhum fazer o disclaimer em cada artigo.
ResponderEliminarDiscordo. O Bloomberg, enquanto Mayor de Nova Iorque, tinha um disclaimer na Bloomberg.com, que até tinha o seu nome, e sempre que havia um artigo sobre a cidade de Nova Iorque aparecia também um disclaimer no artigo. No caso de Ricardo Costa, ele não devia escrever sobre as coisas relacionadas com o irmão. É má prática.
EliminarSe os leitores de Bloomberg e da Bloomber precisam de ser lembrados a cada artigo é porque são muito esquecidos. Se são muito esquecidos, também não interessa, dado que se vão esquecer do que lêem.
EliminarToda a gente sabe que o Ricardo Costa é irmão do António. Se quiserem fazem o desconto, não precisam de paternalismos.
Acho que só soube que Ricardo Costa era irmão de António Costa há dois anos; não estando aí e sendo selectiva na minha leitura, nunca tinha visto mencionado. Foi apenas através do Facebook, quando alguém me disse, que eu descobri.
EliminarNão considero que incluir um aviso desta natureza seja paternalismo; é sim uma forma de seguro, pois se ele incluir o aviso, então ninguém o pode acusar de não ter sido claro. Se ele presumir que não é preciso incluir porque toda a gente já sabe, se aparecer alguém que não saiba pode acusá-lo de ter tido má fé.
Mas o que me incomoda é que uma coisa que devia ser uma regra, assuma o carácter de ser voluntária, dependente do juízo de cada um. Por exemplo, quando tu publicas um modelo num artigo científico, indicas sempre os pressupostos, mesmo aqueles que são óbvios. Para além disso, o próprio Expresso tem práticas de gestão de conflito de interesse para outras coisas. Parece-me, então, que há falta de consistência nas questões de ética.
Rita, uma coisa é a Bloomberg, com leitores de NY a Tokyo e de Helsínquia a Buenos Aires. O Expresso é uma coisinha paroquial cá do burgo. Não há ninguém que não saiba que o Ricardo Costa é irmão do PM.
EliminarPodia ter o disclaimer, mas soaria pretencioso.
Boa noite,
EliminarAcho o Luís é uma pessoa muito inteligente. Por isso impressiona-me que não entenda que o que Rita diz é..óbvio. Eu acho que não sou parvo, leio bastante e só soube que eram irmãos recentemente...
Quando não se entende que o que a Rita diz é óbvio e vir com desculpas do tipo "todos sabem", essa afirmação é matematicamente falsa, há muita gente em PT que nem sequer sabe qual é o Presidente da República.
António.
Quem não sabe que Ricardo Costa é irmão de António Costa é um analfabeto cívico.
Eliminar"se recusa a escrever críticas a obras literárias de pessoas que escrevam para a casa"
ResponderEliminaranda afastada da leitura do expresso: não só faz criticas, como até faz 1ª página da revista E http://expresso.sapo.pt/Capas/2015-11-20-Com-todas-as-letras-do-terror-na-Revista-E
rui