O Conselho de Finanças Públicas, a UTAO, a Comissão Europeia, quatro agências de
rating, vários economistas todos consideram o “esboço do Orçamento de Estado para 2016” irrealista, imprudente, artificial, optimista. Está em marcha mais um “assalto” (Catarina Martins dixit)
do grande capital à nossa ditosa pátria. A culpa é do anterior governo, claro.
Maria Luís Albuquerque nunca devia ter dito que os cofres estavam cheios. Isso, está
bom de ver, chamou a atenção dos especuladores, esses abutres, que se puseram
logo a sobrevoar a capital à espera da primeira oportunidade para nos assestar
um golpe.
Há
forças poderosas e malignas, nacionais e internacionais, mancomunadas, a tentar
sabotar o cumprimento das promessas de um governo legítima e democraticamente
eleito pelos portugueses. É revoltante esta ingerência na nossa soberania. E tudo
por causa de uns míseros 500 a mil milhões de euros a mais na despesa pública -
em relação ao que está previsto no Tratado Orçamental. A isto chama-se falta de
solidariedade europeia. Os alemães, holandeses, polacos, lituanos, finlandeses,
etc. não querem correr o risco de pagar mais uns trocos por nossa causa. São mesmo egoístas, maus e feios.
"O Conselho de Finanças Públicas, a UTAO,..." onde estava toda essa gente quando foram apresentados e aprovados os orçamentos que conviveram com o aumento explosivo da dívida pública, a fuga massiva de gente qualificada, a entrega de monopólios a estados estrangeiros e especuladores, a ruína da banca, e o país pendurado por arames na iluminação tardia do BCE, no resultado dos investimentos estratégicos do governo anterior, no ciclo de baixa das commodities e na generosa contribuição do turismo, em fuga de regiões que se tornaram inóspitas? Talvez haja algum optimismo nessas contas mas faltam pessoas com autoridade e credibilidade para o denunciar.
ResponderEliminarO NG, que se passeia tanto nos EUA e é especialista na cultura aqui do sítio, ainda não aprendeu aquele ditado americano básico: "two wrongs don't make a right".
EliminarA peça de ironia é muito boa.
ResponderEliminarQuanto à suposta unanimidade de tanta gente não é confiável, não por serem muitos ou poucos, antes porque ignoraram alguns aspectos-chave.