terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Sardinhada

Gosto muito da minha colecção de sardinhas da Bordallo Pinheiro, que eu recebi da minha amiga Sofia. Uma delas é muito gira: um cartão postal a dizer que tinha emigrado. Bem, mas as minhas sardinhas estão na sala, ao lado das papoilas da Georgia O'Keefe. Tenho saudades das papoilas de Portugal.

No sofá, estão umas almofadas em verde e vermelho, que eu comprei na Pottery Barn. E o Alfred está sentado num pouf que eu fiz. Encontrei um quadrado do tecido numa loja e gostei tanto dele que o comprei, mas depois, durante anos, não sabia o que fazer com aquilo. Finalmente, lembrei-me de fazer um pouf. As cores são vermelho, azulados, esverdeados, e algum amarelo. O tecido tem crisântemos, o que me recorda do Outono em Portugal; apesar dos crisântemos pequeninos também serem muito usados nos EUA. Depois de arrumar a minha sala, reparei que é um bocado como a bandeira de Portugal, só que este verde não é o tom do da bandeira.

Hoje de manhã estava a pensar que, se os americanos me apanhassem, diriam que eu tinha traído a jura que fiz durante a cerimónia de cidadania, mas depois lembrei-me que o meu quarto está decorado em tons de azul, vermelho, e branco. O azul também não é o tom da bandeira americana. Nada disto foi planeado conscientemente, ou seja, o meu subconsciente tem tendências nacionalistas, mas não sabe bem de que nação gosta mais -- tem dois amores, como o Marco Paulo.

2 comentários:

  1. Simpatizei bastante com o Alfred.
    Pelo modo como se senta no pouf, aparenta ser um aristocrata.
    No meio de toda a decoração - cores inclusive - as sardinhas, parecem-me inequivocamente o elemento mais nacionalista.

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    1. Nesta parte da casa são as sardinhas. Mas Portugal está estrategicamente espalhado por toda a casa.

      O Alfred é mesmo aristocrata. O pouf é dele e ele usa-o para subir ao sofá, sentar-se, dormir...

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