No corredor amplo de um espaço público avisto, ao longe,
caminhando na minha direcção, uma mulher ainda jovem, que logo me pareceu
familiar. Quatro ou cinco passos mais, o rosto da mulher ilumina-se num sorriso
e ela exclama: “O professor Varela de Freitas!”. O nome dela veio ao mesmo
tempo: era a Susana, que há uns quinze anos fora minha orientanda numa tese de
mestrado em Desenvolvimento Curricular. Para além da conversa necessária para
saber de cada um de nós, e da possibilidade nos podermos voltar a encontrar, já
que frequentamos regularmente aquele corredor, fica aquela sensação que sempre
experimento quando encontro um antigo aluno e com ele revivo o passado.
Soube-me tão bem!
Acabam por gerar, num ponto inespecífico do nosso ser, um sentimento misto de amor e gratidão... mesmo os mais rebeldes. Passar o conhecimento que detemos, àqueles que vêm até nós para o receber, cria uma sinergia indescritível que se sedimenta nas almas tanto do aluno, como do mestre, para sempre.
ResponderEliminarEnsinei durante pouco tempo, mas ainda tenho vários alunos com quem mantenho contacto e muito deles até já me esqueci que foram alunos e são meus amigos. Mas é uma sensação muito boa quando os que já não vejo há muito tempo me procuram.
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