segunda-feira, 28 de março de 2016

É de lei ou de cinto, Lindley Cintra?

Assim como parece que se deve dizer "portugueses e portuguesas" e "alunas e alunos" para não discriminar, também se deve dizer "colegas e colegas" (para distinguir os géneros) e "meus amores e minhas amoras"?

9 comentários:

  1. Não esquecendo "camaradas e camarados", como diria a Hermínia Silva.

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  2. Minha amora é muito bom. É isso que chamas à tua amada?

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  3. Por acaso chamo amora à minha mulher. Sou feminista (três filhas ajudam), mas nunca pensei que fosse um ultra feminista progressivo.

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  4. É engraçado que há umas semanas li algures por estes blogs (penso que até terá sido neste) que hoje em dia já ninguém diz "Sra. Juiz" ou "Sra. Engenheiro" e coisas do género. Ao ler esse post fiquei a saber que sou uma não pessoa dado usar essas formas de escrita. Ainda que coloquialmente possa dizer "juíza" ou "engenheira", se escrevo algo com um módico de importância ou falo num ambiente menos informal uso as formas correctas. Não sei como é neste momento mas há muito poucos anos a Ordem dos Engenheiros continuava a emitir os seus cartões para membros femininos como "Sra. Engenheiro" e as vinhetas dos médicos diziam sempre "Dr." seguido do nome, fosse ele masculino ou feminino. Eis senão quando aparece este post que leva tudo isto um nível mais além! Essa do "amora" irá causar-me pesadelos por muito tempo. Não consigo imaginar qualquer senhora das minhas relações deixar de rir-se com gosto após ser chamada de "amora".

    Onde é que isto tudo irá parar?!

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    1. "Engenheira", "doutora" e "juiza" são tudo palavras correctas na língua portuguesa, ao contrário de "presidenta", por exemplo. Não me parece que a Ordem dos Engenheiros e a Ordem dos Médicos sejam fontes de correcção linguística. Muito pelo contrário, diga-se: os médicos são conhecidos deturpadores do idioma, como, por exemplo, quando dizem "fazer um entorse" ou "fazer um enfarte". Chama-se a isso "mediquês" :-)

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    2. Alexandre, depois de escrever o comentário fui alertado via skype, alguém que leu o que escrevi, que efectivamente juíza e engenheira já existem na língua Portuguesa e que eu estou, como habitualmente, desactualizado.

      Pelo andar das coisas mais dia, menos dia, tenho que reformar o velho Torrinha...

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  5. Sinto-me discriminada. O meu marido chamava-me abóbora (pumpkin), mel (honey), e docinho (sweetie). Mas a bem dizer, eu também o discriminava, chamava-lhe apenas ameixa de açúcar (sugar plum). Não havia amores, nem amoras, para ninguém...

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    1. Ò Rita, tanto açúcar faz mal ao diabetes!

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    2. Pode fazer, mas olha que quem não tem uma cárie sequer é o futuro ex-maridão...

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