Talvez a feminista de "Legally Blonde" seja um dos ídolos do Bloco de Esquerda -- que digo eu? Devia ter escrito "um@ d@s ídol@s" porque o Bloco de Esquerda tem o "Projeto de Resolução 247/XIII" no Parlamento que é, no mínimo, a prova última de que esta gente não sabe o que é ter fome. Estão preocupados com o Cartão de Cidadão dizer "Cidadão" e ofender as mulheres; deveria chamar-se "Cartão de Cidadania". Eu sou mulher e não é o "Cidadão" no cartão que me ofende; é o facto de haver gente com prioridades tão idiotas com assento no Parlamento. Isso é uma grande ofensa, até porque os nossos impostos pagam estas imbecilidades.
Um pouco mais de conhecimento da gramática resolvia muitos problemas ao BE (e a mais pessoas).
ResponderEliminarBebé, o nome masculino, já ganhou dois géneros por autoria das revistas cor-de-rosa.
Esperaria tudo do BE menos que seguisse a lógica ignorante das regras da gramática que seguem as revistas cor-de-rosa, criando dois géneros (agora implícitos) neste nome masculino: cidadão.
Esqueceram-se de criança: por ser feminino?
Coitados dos rapazitos, continuarão crianças em vez de crianços, se seguíssemos a lógica da ignorância.
1 - Eu acho esta proposta do BE uma parvoice
ResponderEliminar2 - Dito isto, não é comparável "cidadão" com "criança" - "criança" (tal como "borboleta", "doninha", etc.) não tem mesmo masculino (não se diz "o crianço" ou "o doninho"); já "cidadão" tem feminino (sabendo o sexo do destinatário, ninguém chama "cidadão" a um mulher ou "cidadãos" a um grupo só de mulheres)
O Bloco de Esquerda está errado: não é Cartão do Cidadão, é Cartão de Cidadão. E como não tem o artigo masculino não se refere a uma pessoa específica, refere-se ao conceito de cidadão. É mais ou menos como quando Neil Armstrong disse "That's one small step for man, one giant leap for mankind." e algumas pessoas gozaram com ele porque "man" e "mankind" naquela frase têm o mesmo sentido. (A propósito, há controvérsia acerca de ele ter dito "for man" ou "for a man", mas nem o próprio sabe. E se fosse "for a man", então referir-se-ia mesmo a um homem e não à humanidade.)
ResponderEliminarNo meio disto tudo, ninguém se preocupa com a igualdade de género dos tartarugos, dos corujos, dos raposos e dos focos.
ResponderEliminar1 - Eu acho esta proposta do BE uma parvoice
ResponderEliminar2 - Dito isto, não é comparável "cidadão" com "criança" - "criança" (tal como "borboleta", "doninha", etc.) não tem mesmo masculino (não se diz "o crianço" ou "o doninho"); já "cidadão" tem feminino (sabendo o sexo do destinatário, ninguém chama "cidadão" a um mulher ou "cidadãos" a um grupo só de mulheres)
[Isto é a opinião pessoal do Miguel Madeira; não é nenhuma posição oficial da Concelhia de Portimão do Bloco de Esquerda - o comentário acima foi o resultado de eu ser também quem toma conta do mail do concelhia, e não ter mudado de perfil]
Ainda a falar de animais, penso que a melhor analogia seria com as abelhas, vacas, cabras e ovelhas - o que incomoda algumas pessoas é sobretudo a regra de por default assumir-se o masculino (um pouco como se "espanhóis" pudesse, conforme o contexto, significar só os habitantes de Espanha, ou todos os habitantes da Península Ibérica); nas focas, martas, jaguatiricas, vespas, formigas, joaninhas, etc. nem sequer há masculino, o que não é exatamente a mesma situação. Mas nas abelhas, vacas, ovelhas e cabras há efetivamente masculino (zângão, touro, carneiro e bode), mas usa-se o feminino como nome genérico quando se quer referir um conjunto de machos e fêmeas (noto que são quase todos animais domésticos, e tal provavelmente não é por acaso - em animais de criação, haverá a tendência a, em pequeninos, cozinhar os machos e deixar as fêmeas crescer para produzir a nova geração, gerando uma população esmagadormente feminina)
ResponderEliminarMiguel Madeira, aproveitando a sua confusão de perfis, uma achega de alguém que não se identifica nada com o BE (estou mais perto da outra ponta no espectro partidário português): este género de propostas acaba por desmerecer o percurso que o BE tem feito, de partido de "protesto" (em que coisas destas, inconsequentes e apenas com o objectivo de fazer barulho são normais) a partido de poder. Não querendo obviamente o BE no Governo, acho que é pena.
ResponderEliminarCarlos, o Miguel já disse que achava isto uma parvoíce. é daqueles assuntos em que estaremos quase todos de acordo.
EliminarLuis, certo. Era um comentário ao modo de agir do BE, que é pena que enverede de vez em quando pela política de cariz ou mais juvenil (veja-se o cartaz do Jesus teve dois pais) ou de rebeldia inconsequente (este caso). Eu discordo de muita coisa (uma grande maioria) que o BE faz, mas é um partido que faz falta.
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