"He [Trump] explained the genesis of his heterodox views. “I’m not sure I got there through deep analysis,” he said. “My views are what everybody else’s views are. When I give speeches, sometimes I’ll sign autographs and I’ll get to talk to people and learn a lot about the party.” He says he learned that voters were disgusted with Republican leaders and channeled their outrage. I asked, given how immigration drove his initial surge of popularity, whether he, like Sessions, had considered the RNC’s call for immigration reform to be a kick in the teeth. To my surprise, he candidly admitted that he hadn’t known about it or even followed the issue until recently. “When I made my [announcement] speech at Trump Tower, the June 16 speech,” he said, “I didn’t know about the Gang of Eight. … I just knew instinctively that our borders are a mess.”Os comentários racistas e polémicos são o que dá a Trump a primeira página na imprensa. Ele não apela tanto pela mensagem, mas sim porque cria uma situação em que o nome dele é o mais falado e reconhecido. Em Março, Trump revelou que tanto a esposa, como a filha dele, lhe disseram "Act presidential! Act Presidential!", mas ele rejeitou o conselho. Antes de tudo, tinha de ganhar a nomeação; agir presidencialmente não é tão divertido, o que o prejudicaria, pois teria de fazer frete.
Trump casts his break with party orthodoxy as being a matter of common sense dictated by electoral math. “I think Republicans lose because they have a harder highway in the [battleground] states,” he explained. The standard conservative message holds such limited appeal that it forces Republican nominees onto a dangerously narrow path. “If you look at the states,” Trump said, “the Democrats have a lot of cushion; the Republicans have no cushion.”"
Fonte: Bloomberg
No debate de 10 de Março com os restantes candidatos Republicanos, Trump agiu mais presidencialmente para demonstrar que podia e para impressionar a filha e a esposa.
Não vejo qual o apelo de, numa campanha presidencial, votar num homem que admite se aborrecer muito facilmente e que tem fantasias acerca de fazer telefonemas a empresas a ameaçá-las:
"In a colorful, meandering bit, Trump described the “unpresidential” way he would threaten the air conditioner manufacturer Carrier with a 35 percent tariff if it did not return its production to the U.S. The company, which reported a $7.6 billion in profit in 2015, announced in February that it was moving the jobs of 1,400 workers at an Indianapolis plant to Monterrey, Mexico.
“I wanna do it myself. I know it’s not presidential. It’s not presidential for the president of the United States to call up the head of Carrier, ‘Hullo this is the president,’” he intoned, speaking the imaginary dialogue in a goofy voice. “But I don’t care. It’s so much for fun for me. I love doing it. Please don’t take that away from me!”"
Fonte: The Huffington Post
Para mim, o mais divertido é ver alguns dos Libertários portugueses, que me incomodam no Twitter, encantados com o Trump. Como se diz nos EUA: "Suckers!!!"
o mais divertido é ver alguns dos Libertários portugueses, que me incomodam no Twitter, encantados com o Trump
ResponderEliminarSinceramente, também verifiquei o mesmo. Se formos a ver em termos de posicionamento politico, o único ponto consistente na "persona" Trump é justamente o anti-liberalismo (e não estou a usar a conotação americana, estou a usar liberalismo como o contrário de autoritarismo).
Não me espanta que por exemplo o Zuricher, que assume a preferência por um estilo (quando não mesmo um "ethos") autoritário goste de Trump. O que me parece muito mais estranho é que alguém que se afirma liberal em Portugal (ou libertário segundo a notação da Rita) possa dizer o mesmo.
Caro iv, teria algo a dizer (de concordância) com o que escreveu mas permita-me antes uma pergunta. Clarifique, por favor, o sentido em que usa a palavra "ethos" por oposição a estilo. Não estou certo de ter apreendido correctamente o sentido em que a usa e, dependendo de qual for, o que poderei dizer quanto ao tema requer uma abordagem por um ângulo ou por outro.
ResponderEliminarCompreendo que possa haver divergências na definição, por isso se calhar só consigo ir lá por exemplo:
Eliminaro Erdogan de 2005 tinha um estilo autoritário, mas inserido num "ethos" democrático
o Erdogan de 2016 está completamente inserido num "ethos" autoritário
Obrigado. Posso assim responder e explicar o meu apoio a Trump.
ResponderEliminarNão tenho uma preferência por este ou aquele regime político e nem sequer por esta ou aquela forma de organização dum estado. As sociedades são todas diferentes e cada uma tem um regime político que mais se lhe adequa. Como já disse algumas vezes, para o progresso económico e social da sociedade Portuguesa vejo como mais adequado um totalitarismo. Já em Espanha, pese embora o regime totalitário ter sido necessário quando nasceu e adequado durante vários anos, dada também a lenta transição que houve, a sociedade Espanhola conseguiu amadurecer e a democracia tem sido proveitosa pelo que, hoje em dia, mesmo com este soluço actual e com alguns exageros pelo meio no que se refere às autonomias, não vejo que o regime democrático seja ali desadequado. O Reino Unido ou os EUA não os imagino num quadro totalitário. Estas diferenças que apresento como breve ilustração aplico-as a muito mais do que apenas à dicotomia totalitarismo versus democracia. República versus monarquia (sou republicano em Portugal e monárquico em Espanha) e até mesmo, em democracia, que tipo de democracia, parlamentar, presidencialista, mais musculada, menos musculada. Ou seja, dadas as especificidades de cada sociedade assim pendo para esta ou aquela forma de governo. Agora, isto sim, seja que tipo de regime for, um Estado forte, sem dúvida. Um Estado com um papel reduzido permitindo uma economia e uma sociedade livres. Mas naqueles que são os efectivos papeis do Estado, que o Estado seja forte, saiba exercer a sua autoridade e não consinta desvios na sua aplicação. Que saiba e tenha os meios e a força para administrar os negócios estrangeiros, a segurança interna, a regulação básica da economia e pouco mais com firmeza. Tenho para mim que a autoridade do Estado é inquestionavel por, ao permitir-se o Estado ser questionado abdica de exercer a sua autoridade, sendo, então, muito facilmente capturado por interesses diversos. Deixa de ser um Estado a trabalhar para o bem comum mas tão somente um Estado a trabalhar em prol dos interesses que mais facilmente o raptam daquele que deve ser o seu objectivo primeiro: o melhor para o maior número possivel dos seus cidadãos. Ora, é precisamente aqui que vejo um enorme potencial em Donald Trump. Não o vejo como muito interventivo na economia, de todo. Mas no pouco em que meter o Estado Americano, parece-me que irá faze-lo com a força necessária para não ser questionado e desviado daqueles que forem os seus objectivos. Vejo, aliás, algumas parecenças entre Trump e Reagan. A ideia de Trump de rearmar os EUA para dessa forma poder negociar com Russia e China a partir duma posição de força é Reagan do principio ao fim. E, indo mais atrás, não é mais do que a aplicação da expressão latina "si vis pacem para bellum". Pelo seu passado, vejo em Trump tanto um enorme pragmatismo e capacidade para cortar a direito na prosecução dos seus objectivos como um grande desdém por questões ideológicas que não servem para mais do que empurrar os problemas com a barriga sem nada resolver.
É em larga medida por isto que apoio Trump. Vejo-o com intenção de definir um rumo - que não reputo de errado, de todo - e segui-lo, criando sempre as condições que lhe permitam ter a força suficiente para não ser questionado ou oposto por aqueles que pretendam ir contra as suas pretensões. Na realidade acho que isto é um governante. Alguém que define um objectivo, traça um rumo e cria as condições para o poder seguir. O Dr. Salazar referiu-se a isto com "sei o que quero e para onde vou". Frase que me parece certíssima, seja em totalitarismo ou democracia e até mesmo na vida de cada um. O lema de Trump - que penso expressar realmente a sua intenção - "Make America Great Again!" deveria ser lema e conduta dos governantes de todos os países. Afinal, o seu papel é defender, acima de tudo e com prioridade em relação a quaisquer outros considerandos, os seus concidadãos.