Campanha do Biscoito

De manhã acordei e, no telefone, tinha uma notificação do Jornal de Negócios a dizer que tinham encontrado três pessoas importantes no governo que tinham recusado convites da GALP. Após respirar fundo, tive de me resignar e reconhecer que estamos reduzidos à palhaçada. Isto não é notícia. Repito, alguém receber um salário e fazer o que lhe compete não é notícia. Ou será que a capacidade mental dos nossos governantes está ao mesmo nível da dos meus cães? Aos meus cães, quando vamos passear e eles fazem caca na rua, eu reconheço que fizeram o que deviam e dou-lhes um biscoito; depois apanho a caca e levo-a para casa, mas a mim ninguém precisa de dar biscoitos, nem dizer obrigada. É isso que os nossos governantes querem, que lhes façamos festinhas e lhes ofereçamos um biscoito por não receberem prendas de quem não devem? Então está bem, passam a receber biscoitos, em vez do salário, e ficamos todos bem servidos.

Agora a sério, sugiro ao Primeiro Ministro que meta a casa na ordem. Estas pseudo-notícias só demonstram que António Costa é, acima de tudo, o mestre de cerimónias de um circo. Nós não precisamos de palhaços; precisamos de um governo de pessoas que agem com profissionalismo e competência. Tenham noção dos cargos que ocupam e das responsabilidades que têm.