Há letras competitivas,
como acontece com o jóta e com o guê.
Competem uma com a outra como um gerente germânico com um jesuíta japonês, uma
jabuticaba jocosa com um ginete gesticulador ou um girino gigante com um
jurista jurássico. Jogos, jaguares e juglandáceas mostram que há casos em que
trabalham juntas, ainda que o jóta esteja aqui sempre em primeiro lugar e isto
deve deixar o guê incomodado. Mas os gorjeios, as gorjetas e as granjas provam
que também o guê é capaz de tomar a dianteira. Talvez sejam competitivas porque
introduzem palavras importantes, a justiça e a graça, que nos transcendem, a
grandeza e a juventude, de que buscamos as fórmulas, o juízo e o gosto que
todos acreditamos ter, em quantidade abundante e de qualidade indubitável. O
guê pode ser gentil e pode ser grosseiro, o jóta pode ser jucundo e pode ser
jingoísta. Há uma profusão de guês nas gargantas e nos gargalos, tal como há
uma profusão de jótas nos jejuns e nas jejunites. Há um guê em gratidão, mas os
ingratos também têm um. A jactância é um defeito, mas a jovialidade não
necessariamente. O guê consegue ser generoso, mas o jóta dá-nos muito jeito
porque às vezes queremos fazer alguma coisa já. Jóias e guarda-chuvas fazem
parte do nosso bem estar. Ao jóta e ao guê diremos, Compitam quanto quiserem!
Prestam-nos bons serviços desde que não os confundamos.
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