Em Itália está a ser votado um referendo que dará muito mais poder à Câmara dos Deputados, esvaziando os outros órgãos, nomeadamente o Senado.
Acresce que, com as novas regras, é praticamente impossível que não haja maioria absoluta na Câmara dos Deputados, ficando assim o partido do governo com freio livre para fazer o que quiser.
Junte-se a isto o facto de Itália ser o berço do fascismo, que muito recentemente teve um primeiro-ministro de direita tão populista como Berlusconi e que, à esquerda, tem um Beppe Grillo que não tem nada que o recomende e concluir-se-á que o chumbo da proposta a referendo é o único voto possível para muita gente. Se eu votasse. poderiam contar com o meu voto contra.
Que se faça disto um referendo à participação no Euro e um plebiscito ao governo em funções é um erro. Mas, ao contrário do que diz Vital Moreira, quem está a cometer o erro não é o eleitorado, é a classe política.
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