O antepenúltimo episódio do podcast Bloomberg Benchmark foi sobre a crise política no Brasil, que agora envolve o Presidente Michel Temer. Os dois apresentadores conversaram com Vivianne Rodrigues, uma jornalista brasileira da Bloomberg que trabalha em questões da América Latina.
A conversa abordou várias questões sobre corrupção e de como é possível que um país tão rico tenha uma classe política tão corrupta. A certa altura, um dos apresentadores, o Daniel Moss, cujo sotaque não consigo identificar de onde é, mas é de um país anglo-saxónico sem ser os EUA, pergunta a Vivianne se a razão do Brasil ser tão corrupto se deve a ter sido colonizado por portugueses.
Faz sentido; se as coisas tivessem corrido de maneira diferente e não tivéssemos conseguido, após 1640, expulsar os holandeses do Brasil (quase todo), de certeza que hoje o Brasil seria um exemplo de Estado bem-governado e com escrupuloso respeito pela lei.
ResponderEliminarCliché dos que têm complexo de vira-lata ou embarcam na sua saloíce.
ResponderEliminarQuem é saloio: o Daniel Moss ou os brasileiros? Ou será que não percebi o comentário?
EliminarPodiam perguntar é porque é que a elite da corrupção brasileira passa a vida entre Miami e Nova York.
ResponderEliminarMuito Bem.
EliminarA resposta incluiu uma risada sobre a banha da cobra existente na pergunta e, a seguir, uma bem razoável interpretação de certa particularidade [existente nos paises ibero-americanos, digo eu].
Isto parece uma batalha de clichés.
EliminarO convite para a "batalha de clichés" está feito no título do postal "A má fama dos portugueses" (do "Portugal profundo") e na pergunta jornalística "se a razão do Brasil ser tão corrupto se deve a ter sido colonizado por portugueses" (pergunta alimentada pelos que não actualizam as suas crenças face a evidências novas, geralmente explicitadas por quem carregue um pouco de ciência sobre o quotidiano):
EliminarPergunta/Resposta a minutos 5:30-6:40
https://assets.bwbx.io/av/users/iqjWHBFdfxIU/vDfmn31L_TCc/v2.mp3
[Abordagem estética sobre o cliché dos 500 anos e resposta directa sobre o que estava em causa - os últimos 15 anos]
Uma vez que é um postal sobre "Civilização" eu digo que a existência das hierarquias compridas a que se referiu a entrevistada é uma característica ibero-americana muito ligada com a herança das suas ditaduras (a referência a estas é minha, não dela).
PS: Há cerca de 10 anos pertenci a um grupo de 200, na sua maior parte brasileiros, cujo objectivo era criticar projectos de artigos que seriam publicados pelo seu próprio autor depois de integrar as sugestões recebidas - o artigo ficava sempre pior que o projecto enquanto as discussões foram muito proveitosas. Quanto aos "500 anos" e o efeito da "Inquisição" nas "Mentalidades" havia comentários frequentes e quase ninguém mais se demorava sobre isso.
Ainda não percebi se, depois de tanto escrever, o Isidro ouviu o podcast. Eu não comentei a resposta que a jornalista deu de propósito, para ver se as pessoas iam ouvir. Ou seja, escrevi o post de forma a provocar, pois queria testar se o pessoal ia responder com o coração ou a razão. Foi uma boa experiência. :-)
EliminarExcelente resposta anterior NG...nem mais...
ResponderEliminarEsse é um cliché muito comum no Brasil. Quase sempre as discussões sobre o atraso e a corrupção brasileiros redundam na colonização portuguesa.
ResponderEliminarComo te havia dito, achei a resposta dela à pergunta dele muito interessante.
Eliminar