Rígido, o precipício abre suas mandíbulas gélidas sob
os frenéticos passos do fugitivo, trágico.
Nem lágrima cálida, nem solilóquio
feérico, nada do abismo a vítima salva. Quedas homéricas de um píncaro a um
túmulo na história são multidão, acúmulo. A estultícia de uns, de outros a
catástrofe, o sacrifício de alguns, ainda, o adúltero, o larápio, o tísico,
tantos são os que do monstro oco enchem as paredes, do côncavo prodígio.
Regurgita-os o vácuo ogro, num ápice regressam à cólica e à insónia, à calvície
e aos cálculos, facínoras ou funâmbulos quase todos. Este, agora nos ares
desamparado, é um bárbaro, avançando para a fúnebre república, sem ofertório
feito, sem sandália, rasgada a túnica. Para ser tubérculo prepara-se, é o que o
espera enquanto espera, regressará pároco ou herbívoro, ver-se-á. O que o
perdeu foi uma tâmara, ou melhor, dela o caroço.
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ResponderEliminarTendo eu ido a uma cadeia de livrarias comprar um livro de que a Alexandra é coautora, e querendo igualmente adquirir um mais recente, em tempos anunciado neste DdD, pedi que me indicassem que publicações dispunham em seu nome.
ResponderEliminarDado que me foi perguntado se eu tinha a certeza no nome, assegurei que sim e que tinha já tinha visto a capa. Uma vez que isto não foi suficiente, lá disse o nome do outro autor tendo, pois, existido a pretendida localização e a minha compra.
Hoje, e voltando a passar no mesmo estabelecimento, repeti a pergunta, e apenas para reunir lenha com vista ao Inverno.
Então é assim, e não digo qual é a cadeia de livrarias, porque, com a publicidade da DdD, poderia ir á falência e eu preciso de continuar a ter onde comprar livros...
O livro está catalogado em nome do autor indicado em primeiro lugar e indicando o segundo de modo abreviado.
Cá por mim, eu pediria à Mariana Mortáguia que dissesse que é discriminação da mulher.
Agora a sério, a FNAC foi á internet e logo me disse que poderia encomendar o outro livro para mim. Eu é que, tenho muitos sítios onde comprá-lo, não dou segunda oportunidade onde existam falhas assim. Por que não catalogam cada um dos autores?
Eu, se fosse o segundo autor não me ficaria e, aliás, se calhar, até irei à procura do melhor email para recomendar á FNAC que actualize o catálogo.
Ora tome lá e pague escrevendo uma história, porque eu não cobro externalidades.
Hahahaahahha! O que vale é que não me move a glória!
EliminarO primeiro autor é mais célebre, e escreveu, de longe,a maior parte do livro, por isso é mais do que justo que fique eu nas sombras.
O segundo - se é aquele que eu penso ser - é mesmo só meu, pelo menos a parte escrita. Mas como foi publicado por mim, agora armada da maior de todas as vaidades, a edição de autor, por maior que seja a dimensão desta vaidade, não me vale de nada contra os frios interesses das livrarias, que só querem vender a de quem já tem a sua solidamente fundada nas vendas. Que eu saiba, só está numa livraria, a Centésima Página, em Braga. E deste facto orgulho-me suficientemente, porque é uma das mais bonitas, e cheias, livrarias do país. Penso que mais do que por estar lá o meu livro à venda, estes factos fazem valer a pena a visita.
Prometo história para breve, ou nova ou resgatada da gaveta da praxe.
ResponderEliminarProcurando ver se o livro contém histórias que eu tenha lido neste blogue (tem algumas), deparei-me com o efeito de irritantes erros de digitação no meu comentário acima: Mortáguia por Mortágua, troca de acentos e de um tempo verbal.
ResponderEliminarQuanto ao livro, não tem “Fim”, tem “Enfim”, não tem Índice, começa “No Princípio” e faz uma pausa “No meio”. Um “must”. E lendo
PS: Um qualquer trapalhada que provoquei, associando mal um meu endereço de email com outro, num tablet, levou-me a usar aqui, por vezes, um novo , mas eu sou o mesmo e identifico-me da mesma maneira.
Isidro Dias.