Ultimamente, tenho ido a palestras sobre arte. Depois da palestra sobre Alexander Calder, as minhas duas amigas com quem fui, uma artista, outra que trabalha em conservação de papel num museu, brincaram comigo e disseram que eu devia saber mais sobre história da arte do que elas, ambas com mestrados no assunto. Na área, apenas sou uma amadora, quase auto-didacta.
O comentário seguiu-se a eu dizer que elas teriam ficado muito orgulhosas de mim porque um amigo meu postou uma foto no Instagram de uma escultura em Nova Iorque, com LOVE, em que o O está inclinado, e eu comentei "Robert Indiana?" O meu amigo não fazia ideia de quem era o Robert Indiana, mas, por acaso, uns dias antes, eu tinha andado a pesquisar as esculturas do Robert Manzano para mostrar à amiga que trabalha no museu e nas minhas buscas tinham aparecido fotos com esculturas do LOVE de Robert Indiana e estava fresco na minha memória.
Ontem, fui à palestra sobre Helen Frankenthaler, onde se falava de Robert O'Hara e de James Schuyler, ambos poetas, mas o O'Hara também trabalhava num museu e organizava exposições de arte em galerias. Depois da palestra, disse às amigas com quem fui que conhecia o trabalho dos dois, até tenho as antologias poéticas de ambos aqui em casa, e perguntei se conheciam o poema "Having a Coke with You" de O'Hara. Nenhuma delas conhecia, mas é um poema muito giro, especialmente quando ouvido da boca de O'Hara: o vídeo está no YouTube.
Nestas palestras costumo tirar notas. Nem sempre é fácil, pois é costume a plateia ficar quase no escuro e eu já não vejo muito bem ao perto para escrever nestas condições. Notei que ontem, as minhas notas ficaram um bocado mais desarrumadas, mas paciência, foi o que se pode fazer. Para a próxima, a ver se me lembro de levar óculos. Mostrei as minhas notas às minhas amigas e disse-lhes: "I was born to take notes!" Adoro ir a aulas e tirar apontamentos...
Notas sobre Alexander Calder e Helen Frankenthaler
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