O novo relatório da Organização Internacional do Trabalho, “Perspetivas Sociais e Laborais do Mundo 2018: Sustentabilidade Ambiental com Emprego”
apresenta dados encorajadores quanto ao impacto que uma potencial transição
para sustentabilidade ambiental possa ter nos níveis e na qualidade de emprego
a nível global.
Embora o abrandar do aquecimento
global implique a destruição de postos de trabalho em alguns sectores da
economia no curto prazo, no total o relatório estima que a transição para uma
economia mais sustentável leve a um aumento líquido de 24 milhões de postos de
trabalho a nível global até 2030.
O relatório aponta também para a
urgência do cumprimento dos objectivos definidos no Acordo de Paris de 2015 - o
aumento contínua das temperaturas globais levará a que as horas de trabalho a
nível global diminuam em 2% até 2030 devido ao stress calórico (i.e, devido ao nível
das temperaturas ser demasiado elevado para que trabalhadores em sectores como
a agricultura possam trabalhar em segurança durante parte do dia).
O estudo concentra-se em três cenários de transição para uma economia (mais) sustentável: i) uma maior aposta economia circular (baseada na reciclagem e re-utilização de materiais); ii) um maior investimento em energias renováveis; e iii) a transição para práticas agrícolas mais sustentáveis.
No que toca a garantir que esta
transição seja socialmente justa e que leve a uma melhoria na quantidade e
qualidade do emprego, existem várias dimensões da ação política que podem ter
um papel determinante. Exemplos de medidas nas áreas de Segurança Social, Diálogo
Social, Desenvolvimento de Qualificações ou Legislação Laboral e Ambiental
apresentados no relatório demonstram potenciais instrumentos e medidas que
possam garantir que esta indispensável transição para a economia verde decorra
de mão em mão com uma crescente justiça social para todos.
Para mais informações, podem seguir o
link: https://www.ilo.org/weso-greening/
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