terça-feira, 16 de outubro de 2018

Redemoinho da framboesa

No outro dia decidi ver uma série no Netflix sobre sexo--Hot Girls Wanted: Turned On. É uma docu-série produzida pela Rashida Jones. Não sei a razão de ter decidido ver aquilo, mas depois de ver fiquei deprimida. Acho que é desta que a nossa espécie vai entrar em vias de extinção. É a única conclusão possível dadas as novas tendências de acasalamento que mais me parecem os primórdios da civilização humana.

Mas o meu momento WTF foi quando num dos segmentos sobre pornografia se fala de raparigas que gostam de ter sexo enquanto a sua cabeça é enfiada numa retrete e o autoclismo ligado. Eu não vos disse? What the fuck!?! A estas moças chamamos "swirlie girls" -- raparigas de redemoinhos. A sério! Eu tenho uma imaginação fértil, mas garanto-vos que não imaginava uma coisa destas.

"Ó Rita, mas o que é que te deu para falares nisto?" É simples e é por causa do Cristiano Ronaldo. O mais triste é que eu não ligo nada ao Cristiano Ronaldo; só sei o nome e a profissão dele; vá lá também sei a nacionalidade. Se me perguntarem onde ele joga, não sei dizer, mas vejo-me na posição de advogada do diabo por causa da Fifth Amendment da Constituição americana e porque ele se enfiou numa situação que é muito interessante do ponto de vista legal.

No outro dia, a propósito de violação sexual, ofereceram-me um argumento paralelo mas aplicado ao atropelamento numa passadeira. Só que ser atropelado numa passadeira é, na minha cabeça, uma variável binomial: ou se é ou não, e, quando se é, é claro de se ver que há um carro, um peão, uma passadeira e estão combinados de forma a nós concluirmos que aquilo é atropelamento.

Sexo não é assim porque quando eu descrevo alguém a ter sexo tipo, ele chicoteou-o enquanto o penetrava, ou ela enfiou o punho pela vagina dela adentro, ou ele sodomizou-a enquanto enfiava a cabeça dela na sanita e puxava o autocolismo, vocês não sabem se é violação ou se é sexo "não-baunilhado", como dizia o Mr. Gray. Talvez a minha reacção seja exagerada porque, quando a população é 7 mil milhões, é natural que haja pessoal com gostos esotéricos e, se calhar, até há quem goste de ser atroplelado, mas tenho sérias dúvidas acerca do potencial de reprodução destes indivíduos, pois devem ter esperanças de vida limitadas.

Pela minha parte, redemoinhos só de framboesas: "if you want inside her well, boy you better make her raspberry swirl..."





2 comentários:

  1. Respostas
    1. O Crash é ficção, mas parece que as personagens têm um desejo de morte -- arrisco dizer que não duram o suficiente para se reproduzirem...

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