No dia do Martin Luther King, um grupo de pessoas do trabalho foi fazer voluntariado durante algumas horas. Fomos a uma parte mais pobre da cidade e limpámos um jardim/parque tanto de lixo, como de ervas daninhas que invadiam os canteiros. Estava um frio enorme e depois do nosso regresso demorei várias horas até me sentir confortável em termos de temperatura do corpo.
Há 10 anos também fiz voluntariado neste dia com um grupo de pessoas do trabalho. Fomos à parte histórica de Fayetteville onde viva a comunidade negra. Lembro-me de andarmos a bater à porta de pessoas para oferecer os nossos préstimos. Uma senhora já de idade atendeu e ficou confusa ao ver tanta gente. Perguntámos o que precisava feito, mas ela não queria nada, disse apenas ter pena de já não conseguir limpar a cozinha em condições, especialmente a parte alta dos armários.
Parecia-me fácil limpar--para mim é mesmo fácil e relaxante limpar a casa dos outros; a minha é mais cansativa. As outras pessoas não estavam muito inclinadas para limpar, mas tínhamos de arranjar coisas para fazer, logo enquanto uns mudavam lâmpadas, verificavam se tudo estava a funcionar bem etc., outros limpavam armários.
Dizia a senhora que todas as manhãs cozinhava um "biscuit" acompanhado com salsicha de pequeno-almoço numa pequena sertã de ferro fundido. Não é o pequeno-almoço mais saudável do mundo, mas é bastante apetitoso, à maneira americana, claro. No final, a senhora ficou super-feliz com a cozinha limpa. Por vezes, as coisas mais insigificantes causam bastante satisfação.
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