Hoje fui almoçar com uns colegas de trabalho. Um deles não é americano e aprecia o facto de o inglês ser a nossa segunda língua. Para a semana, uma colega nossa do Brasil vai estar aqui em trabalho e ele disse-me que eu ia ter alguém com quem conversar em português. Já estou a precisar de desenferrujar a língua e o cérebro também. A partir de certa altura, é muito difícil manter a nossa língua a um nível exigente, mas também é mania minha porque, de vez em quando, cruzo-me com pessoal que está em Portugal e usa um português horroroso. É muito triste não ter brio...
Por falar em brio, é um grande privilégio viver nos EUA. No regresso a casa, ouvi o programa 1A, na NPR, que era sobre o o vídeo que se tornou viral recentemente. Os membros do painel de discussão falaram em pontos de vista tão interessantes: a forma como o vídeo se tornou viral (uma conta do Twitter que era falsa), a facilidade com que as pessoas disseminaram o vídeo sem questionar o que viam, o facto de o rapaz branco de 16 anos ter o benefício da dúvida, mas se tivesse sido o inverso--um homem branco idoso rodeado por rapazes jovens negros--esse benefício não existiria, etc.
A facilidade com que temos acesso a discussões de qualidade, a riqueza dos pontos de vista, a originalidade das ideias, etc. tudo isso tem para mim bastante valor e é umas das coisas de que mais gosto neste país. Mas não é só aqui porque quem ouve a BBC também tem o mesmo privilégio.
Rita, o brio escorregou no "houve" a BBC.
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