Em Portugal, as pessoas têm dificuldade em entender a natureza do que é um conflito de interessa e a necessidade de, por iniciativa própria, os divulgar e se afastarem de situações em que os mesmos possam ocorrer. No estrangeiro, este tipo de comportamento é mal-visto.
Não é de estranhar que se comecem a encontrar almas lusas no estrangeiro que se emaranham em situações de conflito de interesses, mas que os próprios não sabem gerir. Tal é detrimental não só para a reputação do país, como para a reputação profissional dos portugueses que trabalham no estrangeiro e se esforçam por se comportar de acordo com regras de ética e boas práticas profissionais e legais.
Como sou pessoa interessada na boa reputação de Portugal, dado que sou uma expatriada portuguesa a residir do estrangeiro onde exerço profissão (primeira declaração de interesse), venho por este meio propor a criação de um imposto que sirva para dissuadir portugueses prevaricadores. Este imposto, o IRRA -- Imposto de Reabilitação da Reputação Alheia --, incide sobre quem ofenda a boa reputação profissional dos portugueses no estrangeiro e as suas receitas serão utilizadas para financiar os cuidados de saúde de expatriados que regressem ao país e que nunca tenham prevaricado.
Segunda declaração de interesse: Não é certo que eu regresse, logo não é certo que eu seja beneficiada pelo IRRA.
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