Amanhã vou jantar fora e a reserva foi feita para o pátio do restaurante, pois é onde me sinto mais confortável. Hoje recebi um convite para ir a uma festa de anos no dia 11, também num restaurante. A pouco e pouco, a vida volta a ter as actividades de antes. Não muitas, mas mais do que nenhumas.
Sinto estranheza que nós aqui comecemos a normalizar e a Europa ainda continue a ter surtos. Penso que, inevitavelmente, irá haver instabilidade social. As pessoas irão revoltar-se de não conseguirem avançar com a sua vida e o sofrimento humano também pesa na consciência colectiva.
Estive a fazer os meus cálculos mentais de risco e só deve dar para viajar para a Europa daqui a uns dois anos. Não sei se o meu pai sobrevive tanto tempo, mas sempre que o vejo presumo que pode ser a última vez. Estar longe ajuda-nos a ter mais consciência de que nada, nem ninguém, dura para sempre.
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