sexta-feira, 11 de junho de 2021

Quanto mais baixo melhor

No dia de Portugal, Camões, e das Comunidades, soubemos que a CML forneceu informações de activistas políticos a regimes autoritários: Rússia, China, Venezuela... Isto de uma Câmara liderada pelo partido que anda tão entusiasmado em comemorar os 50 anos da Revolução de Abril, a tal que derrubou um regime autoritário, e cujo Presidente pode muito bem vir a ser Primeiro Ministro.  

Ultimamente, tenho-me dedicado a ler coisas do final da ditadura portuguesa. Não a história tradicional, mas apontamentos e pensamentos da sociedade: o que é que escreviam as pessoas que viviam aquele regime. Falam muito em podridão, imoralidade,  mediocridade, cobardia do que se sujeitavam àquela governação. Muito do que leio sobre esse tempo também encontro hoje acerca de como é governado o Portugal actual. 

A ditadura terminou um dia; este actual regime também sucumbirá. Para mim, há um certo consolo em ver notícias do quão baixo descem porque quanto mais baixo, mais perto do fim. 

2 comentários:

  1. Bom dia cara Rita

    À primeira vista tenderia a concordar consigo. No entanto acho que as condições serão diferentes.
    O aguilhão da guerra em África não existe. A população está muito mais envelhecida, logo mais receosa da mudança. Eu mesmo sinto um pouco isso dada a minha idade, embora viva com menor estabilidade que muitos com a mesma data de nascimento (circunstâncias da vida).
    Acho que a situação ainda vai apodrecer durante muito mais tempo, a menos que surja algo que abane os alicerces deste regime. Aí só vejo aquela hipótese que colocou de a UE dar o estoiro. Aí teremos "fragatada" da boa, só que não sei se quero estar cá para ver.
    Cumprimentos
    Jorge Delgado Nunes

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    1. Olá Jorge,
      As "revoluções" em Portugal não são coisas feitas pelo povo. É sempre uma meia-dúzia de insatisfeitos que decide que encheu o saco. Depois, nada é eterno, logo que isto acaba, acaba, só não sabemos como, nem quando. Pode ser que alguma destas almas prevaricadoras acabe na prisão.

      Abraços...

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