segunda-feira, 12 de julho de 2021

Procura-se fim-de-semana

Acordei às 10 da manhã, o que raramente acontece. Raramente para mim quer dizer nem uma vez por ano, mas hoje aconteceu. Às 10:30 já estava preparada para ir com a irmã da minha vizinha tomar o pequeno-almoço e levá-la ao hospital. Estávamos para sair quando recebi uma mensagem dos vizinhos que, enquanto eu estava em Oklahoma, recolheram umas caixas que tinham sido entregues em minha casa. Ofereceram-se para as meter no carro e as virem colocar na minha garagem. Acedi à gentileza e agradeci. Vou ter de pensar numa ideia de como retribuir a atenção. Talvez um bolo...

Os dois sítios onde pensámos ir para o pequeno almoço, o Stak e o The Bagel, tinham esperas de hora e meia e 30-40 minutos. O Stak, que é um restaurante de panquecas, tem um pátio, o que nos interessava mais do que estar dentro do restaurante, mas, surpreendentemente, no pátio só serviam uma mesa de cada vez para não atrapalhar a cozinha, dado que a prioridade era servir as mesas no interior do restaurante. Que parvoíce pegada, deviam era dar prioridade às mesas do pátio e aliviar o interior do restaurante. Acabámos por ir ao Panera Bread, que até estava com muito pouca gente, logo achei mais confortável e seguro.

Quando chegámos ao hospital, a nossa paciente tinha acabado de regressar de uns exames e estava com imensas dores. Mal consegui que sorrisse, apesar de ela me achar imensa piada. As perspectivas de tratamento melhoraram: demorará uns dois meses a sarar a fractura do pélvis e vão colocá-la num centro de reabilitação e vai fazer fisioterapia. Se calhar, ainda sai de lá melhor do que o que estava, mas suspeito que irá ter de usar oxigénio para o resto da vida, o que não lhe agrada muito. Nesta idade de 87 anos não podemos ser muito vaidosos.

O resto do dia acabou por ser muito mais calmo, pois passei-o em casa e deu para fazer sopa antes de ir buscar o Julian ao hotel. Consegui apanhar a reunião de Zoom semanal com as minhas amigas do Texas. Uma delas, que vive em Wimberley: uma pequena vila muito perto de Austin, que tem a notoriedade de ter muitas inundações rápidas (será enxurrada uma tradução melhor?), aliás, fica no que os americanos chamam de Alameda das Inundações Rápidas. 

Dizia a minha amiga que um vizinho já de idade partilhava a casa com um rapaz jovem que não quis ser vacinado. O jovem apanhou Covid e deu-o a um outro vizinho, que vivia com o marido--um dos membros deste casal era filho do senhor de idade. Ao fim de algumas semanas no hospital, o vizinho acabou por falecer de Covid esta semana. Agora o jovem que recusou a vacina arrepende-se de não se ter vacinado.

Após passear o Julian, ainda passei por casa de uma outra vizinha que me deu uma tour do jardim, que eu nunca tinha visto, e me mostrou algumas das peças de arte que colecciona. Por acaso, nunca lhe mostrei a minha casa, mas já a trouxe para ver o meu jardim. Claro que o meu jardim ainda está uma confusão que espero se resolva daqui a uns meses. Quanto à casa, ela segue-me no Instagram, logo já deve ter visto algumas das minhas idiossincrasias.

E pronto, procura-se fim-de-semana que este desapareceu...

2 comentários:

  1. O que morreu tinha sido vacinado? Acabei por ficar sem perceber.

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    1. Não me recordo que ela tenha dito, mas vou perguntar amanhã. Hoje já é tarde.

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