Estou bastante curiosa para ver como é que os portugueses vão reagir a isto, dado que no início da pandemia vi muitas pessoas a pedir informações nos grupos do Facebook acerca de como emigrar para os EUA. Perante tanta insistência em obter informação, a minha hipótese é que muitos irão sair -- ou então já saíram para outras paragens.
O desemprego americano recuperou bastante desde o início da pandemia: chegou a estar quase nos 15% e agora encontra-se em 5,2%. Há um enorme desajuste no mercado de trabalho que está a fazer pressionar os salários mais baixos para aumentarem porque não há muitos trabalhadores interessados nos empregos disponíveis, nem os patrões conseguem encontrar empregados com qualificações que desejam, ou seja, os emigrantes terão bastantes oportunidades.
A União Europeia não está a recuperar tão rápido como se deseja. Só para se ter uma ideia, de acordo com uma publicação da União Europeia, em que usaram preços correntes convertidos para euros para calcular a porção do PIB mundial que cabia aos EUA e à UE, e passo a citar o original:
In 2018, the United States accounted for a 24.0 % share of the world’s GDP. Although the United States’ share in 2018 was 0.9 percentage points less than it had been in 2008, it moved ahead of the EU-27 whose share fell from 25.6 % in 2008 to 18.6 % in 2018. Note these relative shares are based on current price series in euro terms, reflecting market exchange rates.
Se usarmos os números do Banco Mundial, com as séries ajustadas pela paridade do poder de compra e a preços constantes em dólares internacionais de 2017, em 2008, a UE detinha 19,12% do PIB mundial; em 2019, estava em 15,25%; e em 2020, estima-se ter estado em 14,8%.
É uma tempestade perfeita.
Não dá vontade de emigrar para os EUA depois de ver as autoridades a chicotear migrantes haitianos... Também têm pena de morte, Guantánamo, armas para qualquer maluquinho, universidade para ricos, saúde para ricos, abortos só acessíveis a ricos, uma pandemia de obesidade, etc. Ah, e vistos eugenistas.
ResponderEliminarAo menos quando há bronca, a comunicação social noticia e a Ana tem acesso à informação. Pena que Portugal não tenha jornalismo da qualidade do americano, nem cidadania activa.
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