Estamos na terceira noite de Hanukkah e estou à espera que as velas da chanukiah se apaguem para ir visitar a minha vizinha e acender as velas lá. Todas as noites o contraste entre o corpo e a mente da mãe dela é maior: o corpo está cada vez mais mirrado, apesar de ela estar a comer melhor e a tomar mais líquidos; a mente está mais bem disposta, reage a piadas e a comentários bem dispostos, fala mais alto. Nunca vi ninguém agarrar-se tanto à vida, como se estivesse a espremer tudo o que pudesse dar.
Mas este fim lento da mãe da minha vizinha por vezes enche-me de dúvidas. Eu não gostaria de estar assim e sei que ela não gosta deste limbo, por vezes com dores, mal-disposta... Ontem disse-me "I feel awful!" Depois, no fim, ao despedir-me estava animada quando lhe disse "You behave and don't do anything crazy. I love you and will see you tomorrow..." Respondeu "I love you, too" e sorriu muito.
Temos mais cinco noites de Hanukkah, talvez consigamos um milagre.
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