O Ian Bremmer, Presidente do Eurasia Group, decidiu perguntar à malta que acontecimentos eleitorais seriam decisivos em 2022. Obviamente, as eleições legislativas portuguesas são completamente irrelevantes e nem sequer fazem parte da lista de votação, o que não deixa de ser sui generis para um país que se julga o melhor do mundo e que tem tanta cobertura na imprensa internacional porque é, supostamente, tão bem (des)governado e um exemplo a seguir. Ganharam as eleições intercalares americanas, que se realizam no início de Novembro, e nas quais se elegem alguns membros do Congresso, mais posições aos níveis locais (estados, condados, cidades).
A questão fulcral é o que acontecerá ao equilíbrio de poder entre Democratas e Republicanos no Senado e na Câmara dos Representantes (as entidades que compõem o Congresso americano), dado que ambos têm maioria dos Democratas. É certo que os Democratas irão perder poder, já que não têm grandes maiorias que lhes dêem grandes margens. Ao contrário do que acontece em Portugal, em que o partido que governa costuma consolidar poder nas eleições seguintes, nos EUA, quem tem poder é penalizado, o que tem grande lógica. É impossível alguém preencher todas as expectativas dos eleitores, logo quem está fora do poder tem mais potencial para as preencher do que quem está dentro. Se quem está dentro conseguisse ser melhor, já o seria.
Depois há o detalhe de o Presidente Biden não ser carismático e ter metido o pé na poça quando decidiu sair do Afeganistão às três pancadas. Desde então, perdeu toda a gravitas que tinha acumulado por nos ter safado do Trump. É a vida, ele já devia saber ao que ia. Para além disso, dá jeito os Republicanos serem mauzitos para as próximas eleições presidenciais.
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