Com a vitória da Argentina, muitos portugueses foram para as redes sociais mostrar o quanto ainda estão perturbados, a ponto de achar que a taça pertencia a Portugal. Não me recordo de Camões ter mencionado que os deuses deveriam assegurar vitórias futebolísticas à lusa pátria. Decerto foi um equívoco do autor, que escreveu o poema entre os 32 e 47 anos, logo devia estar à beira de uma crise de idade e achava que o que era devido ao nobre povo era uma ilha dedicada ao sexo, em vez da bola.
É uma pena que se gaste tanta energia a odiar o Messi, em vez de se celebrar os valores da quadra natalícia, como a gula, a luxúria, e a preguiça. Felizmente, com a tolerância de ponto da função pública, haverá tempo suficiente para colmatar esta falha e afogar as mágoas em rabanadas, sonhos, belhós, brinhóis, filhós, coscorões, formigos, broinhas, bolo rei, e bolo rainha, que em Portugal não se discrimina.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não são permitidos comentários anónimos.